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cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

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O CUIDADO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDErecursos e de maior visibilidade política e social. Nas Secretarias Estaduais de Saúde,em geral, organizam-se em coordenadorias ou gerências localizadas no quarto ouquinto escalões administrativos. Os municípios tendem a reproduzir as estruturasorganizacionais do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde.A carência de infraestrutura adequadaO PSF funciona, principalmente, em unidades sem as condições infraestruturaisnecessárias. 75% das unidades de APS do SUS não apresentam condições mínimasde infraestrutura e 18% delas são instaladas em casas alugadas (226) . Aqui, a visão daatenção primária seletiva é muito forte gerando, país afora, "postinhos de saúde"sem a menor condição para organizar uma APS de qualidade. Numa das capitais dopaís as unidades de PSF são estruturadas em um ambiente físico de pouco mais de30 metros quadrados e denominadas "casinhas" pela população.Essa carência infraestrutural espalha-se por todo o Brasil. Mesmo quando se consultamos padrões oficiais para as unidades de PSF verifica-se que eles se distanciamde uma visão contemporânea de APS resolutiva e de qualidade, capaz de exercitaras funções da APS.A baixa densidade tecnológicaA concepção vigente na normativa do SUS é a de um sistema hierárquico, piramidal,formatado segundo as complexidades relativas de cada nível, em atençãobásica, média e alta complexidade. Essa visão é completamente equivocada porquenão é verdade que a APS seja menos complexa que os <strong>cuidado</strong>s ditos de médiase altas complexidades. É a APS que deve atender a mais de 85% dos problemasmais comuns de saúde; é aí que se situa a clínica mais ampla e onde se deveriamofertar, preferentemente, tecnologias de alta complexidade, como aquelas relativasàs mudanças de comportamentos e de estilos de vida em relação à saúde: cessaçãodo hábito de fumar, adoção de comportamentos de alimentação saudável e deatividade física etc. Essa concepção distorcida de complexidade leva, consciente ouinconscientemente, os políticos, os gestores, os profissionais de saúde e a população,a uma sobrevalorização material e simbólica das práticas que são realizadas nos níveisde "média e alta complexidades" e, por consequência, a uma banalização da APS.O PSF opera, em geral, com baixa densidade tecnológica, o que é incompatível comas funções de uma APS de qualidade. Isso pode ser verificado tanto nas tecnologiascognitivas, como em tecnologias mais duras. Se tomarmos a questão tecnológicana perspectiva dos equipamentos se verá que menos de 3% das unidades têm osequipamentos completos para atenção aos adultos, menos de 20% para atenção às91

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