11.07.2015 Views

cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

cuidado_condicoes_atencao_primaria_saude

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Organização Pan-Americana da Saúde / Organização Mundial da Saúdeunidades de atenção especializada e em hospitais, de maior visibilidade política, oque subfinancia e fragiliza a APS. É mais negócio investir em hospitais que na APS,ainda que os hospitais, nem sempre, agreguem valor para a população. É o casodos investimentos em hospitais de pequeno porte, no Brasil. Na última eleição presidencialo tema da APS foi tratado de forma periférica por todos os candidatos; ocentro das discussões, sob a influência de marqueteiros estimulados pelas pesquisasqualitativas, esteve nos <strong>cuidado</strong>s de urgência e nos <strong>cuidado</strong>s especializados, a seremprovidos, às vezes, por meio da espetacularização das políticas públicas de saúde,especialmente nos centros urbanos médios e grandes. Como pano de fundo, umatendência dos gestores a praticarem uma forma de gestão denominada de inérciaativa, uma pulsão incrementalista de fazer mais do mesmo, de forma espetacular,sem buscar alternativas que efetivamente provoquem mudanças e que sejam sustentadaspor evidências científicas (44)No que concerne à valorização pela população da APS no SUS há um posicionamentoambíguo. Uma pesquisa do IPEA, realizada por meio de uma amostra de 2.733pessoas residentes em domicílios permanentes que haviam utilizado ou acompanhadoalguém da família, procurou verificar três campos de percepção dessas pessoas: ostipos de serviços ofertados pelo SUS, a avaliação geral do SUS e a avaliação dos serviçosofertados por planos e seguros de saúde (179) . Dentre os serviços prestados peloSUS, o atendimento domiciliar por membro da equipe de PSF foi aquele que obtevea maior proporção de opiniões positivas entre os entrevistados. No Brasil, 80,7%dos entrevistados que tiveram seu domicílio visitado por algum membro da equipede saúde da família opinaram que o atendimento prestado é muito bom ou bom.Apenas 5,7% dos entrevistados opinaram que esse atendimento é ruim ou muitoruim. Esse resultado fala a favor do PSF que é o modelo que permite uma atençãoambulatorial de maior qualidade e uma relação mais íntima e de vinculação coma população, envolvendo presença regular nos domicílios. Os outros serviços queobtiveram percentuais menores foram: 69,6% para fornecimento de medicamentos,60,6% para médicos especialistas, 48,1% para atenção às urgências e às emergênciase 44,9% para atendimentos em centros ou postos de saúde. O atendimentoem centros e/ou postos de saúde recebeu a menor proporção de qualificações comomuito bom ou bom (44,9%) e a maior proporção de qualificações como ruim oumuito ruim (31,1%), dentre os serviços pesquisados. É nessas unidades de saúde quese prestam os <strong>cuidado</strong>s primários. Interessante notar que os percentuais de serviçosruins ou muito ruins são maiores, em relação aos serviços dos centros e postos desaúde, na atenção às urgências e às emergências nas regiões Sul, Centro-Oeste eNordeste. Ainda assim, se considerarem as avaliações de muito bom, bom e regular,os centros e postos de saúde atingem um percentual de 69%, algo distante dasmanchetes da mídia de um caos na APS do SUS. Os resultados comprovam queas piores avaliações do SUS são por pessoas que não utilizam seus serviços, sendo68

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!