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CAPíTULO 8 • Decorrências da Teoria Neoclássica: Tipos de Organização 201

eXERCrCIO

A avaliação do desempenho

das comissões

Frente aos problemas existentes na empresa, Frederico

Heidelberg resolveu tomar providências saneadoras.

Para não alterar a estrutura organizacional, o

que daria muito trabalho e dores de cabeça, Frederico

achou melhor criar algumas comissões para tratar

de assuntos interdepartamentais (melhor coordenação

entre os diferentes departamentos) ou intradepartamentais

(lançamento de novos produtos, novos

métodos e processos de trabalho, melhoria contínua

da qualidade). Após algum tempo, Frederico passou

a avaliar os resultados das várias comissões. Uma

delas estava disparada na frente das outras em termos

de soluções apresentadas e de inovações aceitas

e implementadas. Quais seriam as possíveis razões

para esse desempenho excelente?

Apreciação Crítica

dos Tipos de Organização

Os tipos de organização propostos pela literatura

neoclássica são meros desdobramentos dos formatos

organizacionais clássicos. Carecem de flexibilidade.

Sua rigidez fez com que por volta da

década de 1970 fossem rapidamente remodelados

face à mudança e instabilidade que se alojou nos

mercados mundiais. Quando tudo lá fora muda, a

necessidade de mudança interna se torna irremediável.

Essa mudança estrutural foi até tentada a

partir do modelo neoclássico. Mas foi um fracasso.

Percebeu-se que os tipos neoclássicos de organização

- por não poderem sofrer mudanças e

adaptações - precisam ser rapidamente substituídos

por outros modelos completamente diferentes.

Foi o que aconteceu.

O apogeu da Teoria Neoclássica ocorreu entre

as décadas de 1960 e 1970. Nesse período, se o

mundo dos negócios não era mais estável, previsível

e conservador como no início do século XX,

também não apresentava as características de mudança

e transformação de hoje. As soluções apresentadas

pelos autores neoclássicos em termos de

tipos de organização foram adequadas para a época

quando ainda imperava a formalização. A organização

do tipo linha-staff tornou-se o formato

estrutural típico das empresas no mundo todo e

ainda hoje prevalece na maioria das organizações.

As comissões - utilizadas como ferramentas provisórias

para evitar a constante alteração da estrut~ua

organizacional e mantê-la estável- são ainda

utilizadas. Contudo, na atualidade, as comissões

estão sendo substituídas por um conceito mais dinâmico

e moderno: as equipes. As equipes - multifuncionais

ou multidisciplinares, autônomas ou semi-autônomas

- são utilizadas no mundo todo

para proporcionar flexibilidade e agilidade às organizações.

O trabalho isolado das pessoas passou

a ser substituído pelo trabalho conjunto e social

para obter maior satisfação e maior produtividade.

Para incrementar a autonomia e liberdade das

equipes, surgiu o empowerment, ou fortalecimento

das equipes. Veremos isso mais adiante.

Embora a linha de montagem seriada - exemplo

do fordismo - fosse o marcante exemplo da Administração

Científica e da abordagem neoclássica,

foi na década de 1970 que a fábrica da Volvo em

Kalmar, na Suécia, fez a experiência pioneira de

substituir a tradicional linha de montagem de carros

por células de produção baseadas em trabalho

de equipe.

E no final da década de 1980, a Toyota Motors

introduziu o conceito de produção enxuta por meio

do sistema de just-in-time (que será abordado no

item Teoria das Filas no capítulo sobre a Teoria

Matemática) alterando o modelo clássico da Engenharia

Industrial.

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