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Introdução à Teoria Geral da Administração· IDALBERTO CHIAVENATO

PARADIGMA CARTESIANO-NEWTONIANO

• Dualidade sujeito-objeto

composto por particulas sólidas edlstintas da luz

• Matéria, vida einformação são distintas.

• Causalidade linear.

• Otodo contém as partes.

• Oconhecimento independe da mente do sujeito.

PARADIGMA HOLíSTICO

• Sujeito o objeto são indissociáveis.

• Universo écomposto por energia. Particulas eluz têm a

mesma natureza

'a, vida einformação

sistemas físicos

submetidos às leis de energia.

• Recursividade efeito-causa. Acausalidade.

• Otodo contém as partes eestá contido nelas.

• Conhecer, conhecido econhecimento são indis~,ociáveis.

Figura XX.1. Os Paradigmas Cartesiano-Newtoniana e Holístico. 9

6. Teoria da complexidade

Em 1977, Ilya Prigogine ganhou o Prêmio Nobel de

Química ao aplicar a segunda lei da termodinâmica

aos sistemas complexos, incluindo organismos vivos.

A segunda lei estabelece que os sistemas físicos tendem

espontânea e irreversivelmente a um estado de

desordem ou de entropia crescente. Contudo, ela

não explica como os sistemas complexos emergem

espontaneamente de estados de menor ordem desafiando

a tendência à entropia. Prigogine verificou

que alguns sistemas quando levados a condições distantes

do equilíbrio - à beira do caos - iniciam processos

de auto-organização, que são períodos de instabilidade

e de inovação dos quais resultam sistemas

mais complexos e adaptativos. Exemplos desses sistemas

adaptativos e auto-organizantes são os ecossistemas

de uma floresta tropical, formigueiros, cérebro

humano e a Internet. São sistemas complexos

que se adaptam em redes (networks) de agentes individuais

que interagem para criar um comportamento

autogerenciado, mas extremamente organizado e cooperativo.

Esses agentes respondem à retroação (feedback)

que recebem do ambiente e, em função dela,

ajustam seu comportamento. Aprendem com a experiência

e introduzem o aprendizado na própria estrutura

do sistema. Em outras palavras, aproveitam as

vantagens da especialização sem cair na rigidez burocrática.

Se, ao invés de formigas, abelhas ou neu-

rônios, considerar seres humanos reunidos em redes

cooperativas, verifica-se que essa descoberta científica

ingressou na teoria administrativa com muito

atraso, indicando que as organizações são sistemas

complexos, adaptativos e que se auto-organizam até

alcançarem um estado de aparente estabilidade.

çóes não são

e. no inicio de sua história, a teoria

a concebeu as organizações para funcionarem

como máquinas orientadas para a minimização

da incerteza e do ruído. Ordem, controle,

estabilidade, permanência, previsibilidade e regularidade

eram fundamentais. Mais recentemente,

as organizações passam a ser vistas como sistemas

sujeitos a pressões externas e oscilações que

precisam ser amortecidas para que os sistemas

possam retornar ao equilíbrio: o modelo universal

é um sistema auto-regulado, na qual os desvios

são identificados por sinalizações de retroação e

então compensados, corrigidos, atenuados ou neutralizados,

sempre por meio de mudanças incrementais.

A ciência estava orientàda para a

certezas e a desordem sempre foi

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