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CAPíTULO 18 • Teoria da Contingência 537

Alguns pontos são essenciais para se compreender

o homem complexo:

1. O homem é um ser transacional, que não só

recebe insumos do ambiente, como reage a

eles e adota uma posição proativa, antecipando-se

e provocando mudanças no seu ambiente.

Ou seja, o homem é um modelo de sistema

aberto. 33

2. O homem tem um comportamento dirigido

para objetivos. O homem é um sistema individual

que desenvolve seus próprios padrões de

percepções, valores e motivos. As percepções

se referem à informação que cada sistema individual

recolhe do seu ambiente. Os valores

são o conjunto de crenças e convicções sobre a

realidade externa. Os motivos são os impulsos

ou necessidades que se desenvolvem inconscientemente

a medida em que o indivíduo experimenta

sucesso ou fracasso ao dominar seu

ambiente. Essas três variáveis - percepções,

valores e motivos - são inter-relacionadas: o

que um indivíduo percebe em uma situação é

influenciado pelos seus valores e motivos; e o

desenvolvimento de valores e motivos é influenciado

pelo processo de percepção, que determina

qual a informação que o sistema deve

recolher do ambiente.

3. Os sistemas individuais não são estáticos, mas

em desenvolvimento contínuo embora mantendo

sua identidade e individualidade ao longo

do tempo. A maneira pela qual um indivíduo

é motivado a se comportar em uma situação

é função tanto da história do desenvolvimento

do seu sistema individual, quanto da

natureza do contexto ambiental em que se encontra.

ModeloContingencial

de Motivação

Os autores da contingência substituem as tradicionais

teorias de McGregor, Maslow e de Herzberg baseadas

em uma estrutura uniforme, hierárquica e universal

de necessidades humanas por novas teorias

~ DICAS

humana

nni'l1p.IYI complexo é genérico e particular.

reflexivo. Mais do que isso, o ser hurnarlo

ativo e não objeto da ação. Foi com a

Contingência que se passou a aceitar a enorme

variabilidade humana dentro das organizações:

vez de selecionar as pessoas e padronizar o

portamento humano passou-se a realçar as OITE~reln·

ças individuais e a respeitar a personalidade

pessoas, aproveitando e canalizando as

r~l'ltes habilidades e capacidades.

que rejeitam idéias preconcebidas e que reconhecem

tanto as diferenças individuais quanto as diferentes

situações em que as pessoas estão envolvidas.

Modelo de Vroom

O modelo contingencial proposto por Victor H. Vroom

34 mostra que o nível de produtividade depende de

três forças básicas em cada indivíduo, a saber:

1. Expectativas. São os objetivos individuais,

que podem incluir dinheiro, segurança no cargo,

aceitação social, reconhecimento e uma

infinidade de combinações de objetivos.

2. Recompensas. É a relação percebida entre

produtividade e alcance dos objetivos individuais.

3. Relações entre expectativas e recompensas. É a

capacidade percebida de aumentar a produtividade

para satisfazer suas expectativas com

as recompensas.

Esses três fatores determinam a motivação do indivíduo

para produzir em quaisquer circunstâncias

em que se encontre. O modelo parte da hipótese de

que a motivação é um processo que orienta opções

de comportamento (resultados intermediários) para

alcançar um determinado resultado final. Os resultados

intermediários compõem uma cadeia de relações

entre meios e fins. Quando a pessoa deseja alcançar

um objetivo individual (resultado final) ela o

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