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CAPíTULO 19 • Para onde Vai a TGA? 615

zação é simultaneamente organização no sentido estrito

(um processo permanente de reorganização

daquilo que tende sempre a desorganizar-se) e auto-organização

(processo permanente de reorganização

de si mesma). Em outras palavras, a organização

é uma organização que organiza a organização

necessária à sua própria organização. 96

~ DICAS

A(âuIQ$Q'jânita.ç!ão

AiáUfO"()rganizé:lçâo é uma forma deorgáhiià9?o

espontânea, livre e autônoma que escapa d.o. pia·

nejamento, da intervenção e do controle tradicionais.

O tradicional foco no controle ignora o fato de

que tudo no universo já é algo auto-organizante. A

transição de uma organização tradicional para a auto-organização

deve ser cautelosa e requer um

compromisso entre continuar a fazer aquilo que

sempre foi feito (necessário às adaptações no curto

prazo) e passar a fazer aquilo que nunca foi feito

(necessário às adaptações no longo prazo). Isso

conduz a um paradoxo: de um lado, a hierarquia e

os processos formais de análise e planejamento

são necessários para que aquilo que já é feito possa

continuar sendo feito de forma eficiente e, por

outro lado, essa mesma hierarquia e esses mesmos

processos precisam ser enfraquecidos para

que possam emergir as condições para uma auto-organização.

97 A auto-organização funciona

para dar conta da desordem (transformando-a em

ordem), mas não funciona para dar conta da ordem.

A auto-organização pode dar conta da rotina

(da mesma maneira como o faz nos sistemas naturais,

biológicos ou não), mas não de maneira tão

eficiente quanto por meio de planejamento e con-

Contudo, parece ser oreiferilvel sác:rifi(~ar'tais

5. As características das organizações

Kanter salienta que as empresas do novo milênio

devem reunir simultaneamente cinco características

fundamentais, os cinco Fs: fast, focused, flexible,

friendly e fun (veloz, focada, flexível, amigável e divertida).lOo

Indo nessa mesma direção, Crainer assegura

os sete hábitos da nova organização: 101

1. Flexível e de livre fluxo. A organização eficaz

de amanhã será reconstruída a partir do zero a

cada dia.

2. Não-hierárquica. As hierarquias não desapareceram

e, parece improvável que isso aconteça

no futuro próximo. Mas elas foram drasticamente

reduzidas e as organizações tornaram-se

enxutas e ajustadas. As organizações terão de

continuar esse processo de des-hierarquização

se desejam competir no futuro.

3. Baseada em participação. Os gerentes não

possuem todas as idéias. A nova organização

reconhece isso - e alguns gerentes também reconhecem

isso. O importante é buscar idéias e

retroação a partir de todas as pessoas - dentro

e fora da organização.

4. Criativa e empreendedora. O processo de empreender

impulsiona a busca de novas oportunidades,

a habilidade da organização de se

concentrar no ambiente externo e de criar novos

negócios.

5. Baseada em redes. O presidente da Intel, Andy

Grove, comparou sua empresa, a Intel, ao

mundo de espetáculos de Nova York. Esse se

baseia em uma rede flexível de atores, diretores,

autores e técnicos, que constituem uma

força itinerante, além do apoio de patrocinadores

experientes. Explorando essa rede é possível

viabilizar uma produção que talvez seja

um sucesso estrondoso ou fracasso retumbante.

Inevitavelmente, o número de peças que

se consegue manter em cartaz por um longo

período de tempo é pequeno, mas idéias novas

e criativas continuam surgindo. As organizações

bem-sucedidas não são mais conjuntos

monolíticos de fatores de produção,

mas redes de parceiros com elevada conectividade

e desempenho excepcional. São sistemas

virtuais.

6. Impulsionada por metas corporativas. Em lugar

de metas funcionais restritivamente defi-

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