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CAPíTULO 13· Teoria Comportamental da Administração 359

1. Um ponto de vista didático. Ser capaz de dizer

claramente e de forma convincente sobre quem

é, por que trabalha e como trabalha.

2. O líder precisa de uma história para contar. As

pessoas aprendem por intermédio de histórias

bem contadas por outras pessoas sobre: Quem

eu sou? Quem somos nós? Para onde estamos

caminhando? Liderança tem a ver com mudança,

com tirar as pessoas de onde elas estão hoje

e levá-Ias para onde devem ficar. A melhor forma

de fazer com que as pessoas se aventurem

em terreno desconhecido é tornar o desconhecido

desejável, levando-as até lá com a imaginação.

Essa é a essência do mito.

3. Uma metodologia de ensino. Para ser um grande

professor é preciso ser antes um grande aluno.

Os grandes líderes corporativos têm fome

saber e não consideram seu conhecimento

ê$táti(~O ou abrangente, nem suficiente.

Apreciação Crítica

da .Teoria Comportamental

A contribuição da Teoria Comportamental é importante,

definitiva e inarredável. Uma visão crítica

da Teoria Comportamental mostra os seguintes aspectos:

1. Ênfase nas pessoas

ATearia Comportamental marca definitivamente a

transferência da ênfase na estrutura organizacional

(influência da Teoria Clássica, Neoclássica e da

Teoria da Burocracia) para a ênfase nas pessoas (influência

da Teoria das Relações Humanas). Ao

transferir o foco dos aspectos estruturais e estáticos

da organização para os aspectos comportamentais e

dinâmicos, a Teoria Comportamental realinha e redefine

os conceitos de tarefa e de estrutura sob uma

roupagem democrática e humana. Contudo, em

muitos aspectos, os behavioristas pecam pela "psicologização"

de certos aspectos organizacionais,

como é o caso da Teoria das Decisões, ao considerar

os participantes em termos de "racionais e não-racionais",

"eficientes e não-eficientes", "satisfeitos e insatisfeitos".33

Esse exagero é passível de críticas. O

importante é que a escola comportamentalista prosseguiu

na análise das organizações por meio de conceitos

relacionados com a estrutura informal, como

comportamento, cultura, crenças e valores, relações

interpessoais, atitudes, desejos e expectativas de indivíduos

e grupos. Para ela, as pessoas constituem o

ativo mais importante da organização.

2. Abordagem mais descritiva

e menos prescritiva

A análise descritiva (que mostra o que é) e a análise

prescritiva (que mostra o que deve ser) são aspectos

importantes no estudo do comportamento organizacional.

Enquanto a abordagem da Teoria Clássica,

da Neoclássica e da Teoria das Relações Humanas

era prescritiva e normativa (preocupação em

prescrever como lidar com os problemas administrativos,

ditando princípios ou normas de atuação,

o que deve e o que não deve ser feito), a abordagem

da Teoria Comportamental é descritiva e explicativa

(preocupação em explicar apenas, sem ditar princípios

ou normas de atuação). Os behavioristas preocupam-se

mais em explicar e descrever as características

do comportamento organizacional do que

em construir modelos e princípios de aplicação prática.

Nisso reside a dificuldade de aplicação dessa

teoria, que pouco tem de normativa, mas cuja riqueza

conceitual é impressionante.

3. Profunda reformulação

na filosofia administrativa

O antigo conceito de organização baseado no esquema

autocrático, coercitivo e de diferenciação de

poder (autoridade x obediência) é bastante criticado.

Em contraposição a ele, os behavioristas mostram

um novo conceito democrático e humano de

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