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CAPíTULO 19· Para onde Vai a TGA?

619

c

2. Não são mais os gerentes os guardiães do espírito

de equipe corporativo, da visão compartilhada

de futuro, da conservação da cultura ordispor

de um centro decisório), policêntrica

(por dispor de outros centros de controle) e

acêntrica (por funcionar de maneira anárquica,

a partir das interações espontâneas entre

seus membros). Toda organização é simultaneamente

ordem e desordem. Ela necessita ao

mesmo tempo de continuidade e de mudança,

de normas e de liberdade, de controle e de autonomia,

de tradição e de inovação, de ser e

de devir. Ordem e desordem são mais parceiras

do que adversárias na consecução da auto-organização.

2. O papel da hierarquia deve ser redefinido. O

modelo tradicional e mecanicista está sendo

substituído por formas de auto-organização

(como a organização em rede). Os mecanismos

de integração - que sempre foram assegurados

pelo controle hierárquico - também

precisam ser redefinidos. A liberdade concedida

aos membros organizacionais - como no

empowerment - deverá acabar por levá-los a

alcançar por si mesmos uma nova forma de integração.

Mas para que isso possa vir a ocorrer

será necessário que se promova uma estratégia

organizacional global adequada que estimule

a iniciativa, a cooperação, a criatividade

e a smergla.

c. Direção

A direção - como função administrativa - também

está passando por uma formidável carpintaria. A

maneira de dinamizar a organização, fazer com que

as coisas aconteçam, servir ao cliente, gerar valor e

produzir e distribuir resultados relevantes para todos

os envolvidos está passando por mudanças, tais

como:

1. O papel dos gerentes deve ser redefinido. Com

o abandono da visão tradicional de que o futuro

da organização pode e deve ser estabelecido

e capitaneado pelos gerentes. Isso significa

um reajustamento das relações de poder. O

empowerment está por trás disso.

ganizacional e das crenças e valores da organização.

Tudo isso está mudando. O novo papel

da gerência consiste em fomentar a necessária

instabilidade para estimular potencialidades

acêntricas latentes e para que possam surgir as

condições de aprendizado e trocas de informação

por meio das interações. Trata-se de

questionar permanentemente o status quo.

Em suma, a nova gerência deve assumIr as seguintes

atribuições: 109

1. Estímulo à desordem, por meio da introdução

de novas idéias e informações, às vezes, ambíguas

para gerar criatividade e inovação.

2. Estímulo à autonomia, à iniciativa, à conectividade,

à comunicação e à cooperação.

3. Estímulo à identidade organizacional em permanente

atualização.

4. Percepção sempre renovada das circunstâncias

ambientais.

5. Os gerentes passam a comportar-se também

como pesquisadores que estudam suas pró

prias organizações, não se limitando a focali-

~ DICAS

Interações e aprendizado

o fluxo de informações deve privilegiar o aprendizado:

tanto a criação de novas informações como a circulação

de informações já existentes deve produzir

diferentes interpretações que permitam a reflexão

compartilhada e que leve a novas informações. Trata-se

de retroação positiva: uma amplificação por retroalimentação

do potencial contido nas informações.

11ü A gestão do conhecimento - passando pela

universidade corporativa em direção ao capital intelectual

- faz parte integrante desse quadro.

São as interações e conexões entre as pessoas

que permitem novos e mais complexos padrões

globais de comportamento. E esses novos padrões

conduzem a novos desempenhos e a novas direções

estratégicas. Daí o foco em equipes e na am­

PlpRétrtiçipação das pessoas na dinamização

ne9(Íciosda organização.

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