13.04.2013 Views

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

(por ex<strong>em</strong>plo, tatear o reforçamento ocorrendo na aula e responder com esse fato a uma questão que<br />

pede um ex<strong>em</strong>plo desse processo). Assim como o controle para o tato evoca intraverbais, o controle<br />

para o mando também os evoca (Braam & Poling, 1983; Luciano, 1986; Partington & Bailey, 1993;<br />

Sundberg, San Juan, Dawdy, & Arguelles, 1990).<br />

Alguns dos prejuízos da ausência de intraverbais no repertório verbal foram elencados por<br />

Finkel e Williams (2001), dentre eles, o não acesso aos níveis mais altos do sist<strong>em</strong>a educacional e a<br />

algumas interações sociais que depend<strong>em</strong> do pensamento que se desenvolve por meio do intraverbal.<br />

Isso torna o ensino de intraverbais necessário para aprendizagens cada vez mais complexas. No<br />

contexto educacional, por ex<strong>em</strong>plo, o ensino de intraverbal inclui desde as relações mais simples<br />

como o escrever a partir do estímulo verbal visual <strong>em</strong> um cabeçalho de prova, “Nome: _________”,<br />

até l<strong>em</strong>brar fatos a partir do estímulo para o comportamento textual (por ex<strong>em</strong>plo, “Descreva o<br />

processo envolvido <strong>em</strong> ‘x’”), associar mais de um estímulo para o comportamento textual (a resposta<br />

a “interprete a sentença ‘x’”) e formar as cadeias de intraverbais, que caracterizam o pensar como o<br />

resultado de uma auto-audiência crítica (“reflita sobre ‘x’”).<br />

Uma vez que um falante tenha se tomado um ouvinte, está montado o cenário<br />

para um drama <strong>em</strong> que um hom<strong>em</strong> des<strong>em</strong>penha vários papéis. [...]. Isto t<strong>em</strong> sido<br />

tradicionalmente reconhecido quando o comportamento de um falante com relação a<br />

si mesmo como ouvinte, particularmente quando seu comportamento não é observável<br />

por outros, e colocado à parte como um <strong>em</strong>preendimento humano especial chamado<br />

‘pensamento’ (Skinner, 1957, p. 433).<br />

O “pensar verbal crítico”, segundo Skinner (1957), tão almejado <strong>em</strong> Ciências Humanas é, <strong>em</strong><br />

princípio, uma resposta verbal dada a estímulos verbais que depende do “modo como o efeito do<br />

próprio comportamento [do aluno] o leva a compor e a corrigir o que ele diz, e a manipulá-lo no<br />

pensamento verbal” (p. 80). Essa composição dependerá não só dos estímulos verbais providos<br />

pelos textos indicados como leitura obrigatória nas aulas, mas também de estímulos não verbais<br />

para tatos (quando o aluno estará identificando um conceito ocorrendo na natureza) e de operações<br />

motivacionais para mandos (quando o aluno <strong>em</strong>itirá as cadeias intraverbais do pensamento crítico<br />

pelo prazer de <strong>em</strong>iti-las). Essa fusão de controles caracteriza o controle múltiplo. Mesmo que<br />

haja reforçador específico que produza o prazer, “pensar verbal crítico” é mantido por reforçador<br />

generalizado do tipo “aprovação” das relações arbitrárias convencionalmente “corretas” entre<br />

estímulos verbais e a respostas verbais que compõ<strong>em</strong> os elos t<strong>em</strong>áticos do pensamento. Isso é o<br />

oposto do chamado controle formal, cuja relação entre o estímulo verbal e a resposta verbal é dada<br />

pela forma, por ex<strong>em</strong>plo, o comportamento transcritivo do tipo “copiar um texto”, adquirido no Haydu<br />

.<br />

Ensino Fundamental. Pelo modo como ocorre o controle básico para o intraverbal no pensar verbal,<br />

classificou-se o controle para essa resposta como t<strong>em</strong>ático: uma palavra (dita, escrita ou gestualizada<br />

<strong>em</strong> Libras) controla outras por relações t<strong>em</strong>áticas. O resultado do ensino é, muitas vezes, o Borloti .<br />

estabelecimento dessas relações t<strong>em</strong>áticas.<br />

Os métodos comuns de estabelecer ou aumentar o repertório intraverbal foram resumidos por Cihon<br />

Cunha<br />

(2007) da seguinte forma: o método de mediação por pares, no qual alunos são instrutores para as S. de<br />

tarefas acadêmicas de outros; a transferência, na qual se faz, por ex<strong>em</strong>plo, a transferência de controles L. .<br />

de ecóicos para controle intraverbal (l<strong>em</strong>brar um elo de uma cadeia de estímulos m<strong>em</strong>orizados); o<br />

treinamento de habilidades de conversação, bastante eficiente no controle do intraverbal, no qual<br />

Cunha<br />

se usam várias estratégias, dentre elas, modelag<strong>em</strong>, ensaio comportamental e treino discriminativo;<br />

M.<br />

o treinamento por tentativas discretas, no qual a resposta-alvo intraverbal é treinada de modo S.<br />

sequencial, <strong>em</strong> repetidas tentativas; e a instrução direta, uma abordag<strong>em</strong> instrucional ampla que<br />

de M.<br />

constrói o repertório intraverbal. O autor concluiu que cada um desses métodos t<strong>em</strong> suas limitações A.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

147

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!