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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Alves . Oliveira<br />

32<br />

Visão histórica da Síndrome de Down<br />

O registro antropológico sobre a Síndrome de Down t<strong>em</strong> ascendência de escavações de um crânio<br />

saxônico, no século VII, contendo alterações estruturais, achadas <strong>em</strong> crianças com a síndrome.<br />

Porém, não foi documentado cientificamente ou publicado nenhum relatório sobre pessoas com<br />

Síndrome de Down antes do século XIX. Entre as causas alegadas estão desde o pouco número de<br />

pesquisadores com comprometimento para estudar crianças com probl<strong>em</strong>as de procedência genética<br />

e deficiência intelectual até a prevalência de doenças infecciosas e da desnutrição, que dificultam<br />

informações mais precisas sobre probl<strong>em</strong>as genéticos ou de má formação, e a alta taxa de mortalidade<br />

materna além dos 35 anos de idade, entre outras possíveis causas (Tecklin, 2002).<br />

Conforme cita Oliveira (2010), foi Jean Esquirol qu<strong>em</strong> escreveu os primeiros achados sobre<br />

a Síndrome de Down <strong>em</strong> 1838. Waard<strong>em</strong>burg propõe <strong>em</strong> 1932 que a ocorrência desta síndrome<br />

poderia ser determinada pelo erro cromossômico. Nos Estados Unidos, Adrian Bleyer presumiu <strong>em</strong><br />

1934 que o erro cromossômico poderia ser uma trissomia. O reconhecimento da Síndrome de Down<br />

deu-se <strong>em</strong> 1866, primeiramente pelo trabalho de John Langdon Down, com base <strong>em</strong> alguns aspectos<br />

observados <strong>em</strong> crianças internadas num asilo na Inglaterra. Assim, o nome Síndrome de Down foi<br />

dado <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> ao autor.<br />

Os franceses Lejeune, Jacobs e seus colaboradores, na década de 1950, escreveram que a Síndrome<br />

de Down se caracterizava por incidente genético que sucedia durante a divisão celular do <strong>em</strong>brião.<br />

Esses autores explicaram que, na espécie humana, cada pessoa possuiria 46 cromossomos divididos<br />

<strong>em</strong> 23 pares. Visto que o indivíduo com Síndrome de Down possui 47 cromossomos, o cromossomo<br />

21 estaria unido a um cromossomo extra (Oliveira, 2010).<br />

O que é a Síndrome de Down?<br />

Segundo Thompson et al. (1993), na formação do <strong>em</strong>brião, mais especificamente, no período de<br />

divisão celular, acontece uma alteração genética que gera a Síndrome de Down. Na maior parte dos<br />

casos de pessoas com trissomia 21, é originada pela não–disjunção, resultando <strong>em</strong> um cromossomo<br />

a mais, que é o responsável pela produção de alterações no desenvolvimento intelectual e físico.<br />

O mongolismo foi o nome popularmente conhecido da Síndrome de Down devido os aspectos<br />

físicos da face e a s<strong>em</strong>elhança com a raça mongólica. Atualmente, é conhecida mais frequent<strong>em</strong>ente<br />

por Síndrome de Down ou Trissomia 21. A Síndrome de Down consiste na presença de três (e não<br />

dois como seriam normais) cromossomas de um tipo específico num organismo. A maior parte<br />

das trissomias procede num número variável de deficiências, as quais pod<strong>em</strong> ter consequências de<br />

mortes precoces (Oliveira, 2010).<br />

A Síndrome de Down é uma ocorrência genética natural, comparecendo <strong>em</strong> todas as classes sociais<br />

e raças. Sabe-se que não existe responsabilidade do pai ou da mãe para que ela ocorra. Esta síndrome<br />

não é contagiosa, não é uma doença, portanto, pessoas com Síndrome de Down não são doentes.<br />

Não é certo dizer que uma pessoa padece de, sofre de, é vítima ou é acometida pela síndrome. O<br />

correto seria dizer que a pessoa apresenta Síndrome de Down e se comporta de tal maneira de acordo<br />

com as suas interações com o ambiente e sua história de aprendizag<strong>em</strong>.<br />

Esta desord<strong>em</strong> genética representa a mais antiga causa genética de deficiência intelectual e<br />

é vista como uma das mais frequentes anomalias numéricas dos cromossomos autossômicos<br />

(Mancini et al., 2003).<br />

Mesmo tendo o conhecimento das alterações cromossômicas ocasionadas por diferentes fenômenos,<br />

os fatores que acarretam estas alterações ainda não foram totalmente esclarecidos. A Síndrome de<br />

Down ocorre <strong>em</strong> todos os gêneros e grupos étnicos (Carakushansky, 2001; Schwartzman, 1999).

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