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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Magalhães e Murta (2003) desenvolveram um programa dirigido a estudantes de psicologia no<br />

qual foram discutidos t<strong>em</strong>as de práticas parentais e sua relação com as habilidades sociais; diferenças<br />

entre assertividade, passividade e agressividade; direito assertivo e crenças irracionais; escuta<br />

<strong>em</strong>pática; lidar com elogios e críticas; manejo da raiva e falar <strong>em</strong> público. Na intervenção utilizou-se<br />

o ensaio comportamental, modelag<strong>em</strong>, reestruturação cognitiva e relaxamento, como procedimentos<br />

utilizados. A avaliação dos resultados indicou que seis das sete participantes apresentaram aumento<br />

no escore total de habilidades sociais. Destacou, também, que a média grupal aumentou nos cinco<br />

escores fatoriais do IHS, indicando coerência entre o processo e os resultados finais obtidos.<br />

Para que haja eficácia na estruturação do THS são sugeridos por Caballo (1996/2008) quatro passos<br />

fundamentais: (a) ensinar comportamentos específicos a ser<strong>em</strong> praticados e integrados ao repertório<br />

comportamental da pessoa; (b) manejar a ansiedade, para favorecer a construção de repertórios<br />

mais adaptativos. Porém, caso o nível de ansiedade mantenha-se elevado, deve-se utilizar a técnica<br />

de relaxamento e/ou de dessensibilização sist<strong>em</strong>ática; (c) modificar valores, crenças e cognições<br />

de forma indireta, pois com a aquisição de novos comportamentos obtém-se, <strong>em</strong> longo prazo, a<br />

reestruturação das cognições. E, por último, (d) solução de probl<strong>em</strong>as. Esse procedimento t<strong>em</strong> por<br />

objetivo levar a pessoa a perceber os “valores” de todos os parâmetros situacionais relevantes, para<br />

selecionar uma resposta que tenha como consequência contingências reforçadoras.<br />

Caballo (1996/2008) salienta que os participantes de um programa de THS dev<strong>em</strong> ser informados<br />

de que o comportamento assertivo é mais adequado e reforçador do que outros estilos de<br />

comportamentos (passivo e agressivo, por ex<strong>em</strong>plo). Além disso, esse padrão de resposta auxilia a<br />

pessoa a expressar-se de maneira livre, porém correta, <strong>em</strong> relação ao seu ambiente social. E dessa<br />

forma atinge, mais frequent<strong>em</strong>ente, seus objetivos propostos. Assim, intervenções que propici<strong>em</strong><br />

a extinção da não-assertividade e a ampliação da assertividade favorecerão consequências mais<br />

reforçadoras a essa pessoa e às pessoas de sua interação social.<br />

A identificação de habilidades sociais é reconhecida como fator de proteção no curso do<br />

desenvolvimento humano. Por consequência, programas para o desenvolvimento de habilidades<br />

sociais têm sido desenvolvidos para a aprendizag<strong>em</strong> delas entre grupos e contextos distintos, com<br />

populações clínicas e não-clínicas, objetivando promover a saúde do indivíduo. Ainda que no Brasil o<br />

estudo seja recente, t<strong>em</strong> sido aplicado, <strong>em</strong> sua grande maioria, por delineamentos pré-experimentais<br />

<strong>em</strong> contextos diversificados e com cuidados metodológicos relevantes, tornando-se um estímulo<br />

para estudos futuros com vistas à qualidade de vida das pessoas (Murta, 2005).<br />

Conforme discutido por Martin e Pear (2007/2009), através da interação dos condicionamentos<br />

operante e respondente, é possível entender a aprendizag<strong>em</strong> de estados <strong>em</strong>ocionais inapropriados<br />

que participam da diretividade de operantes deficitários governados por processos de reforçamento<br />

negativo: “(...) não pod<strong>em</strong>os perder de vista o fato de que ambos estão envolvidos na maioria das<br />

situações e de que explicações comportamentais completas às vezes precisam considerar as duas<br />

coisas.” (p. 218).<br />

Objetivo<br />

Este estudo objetivou pesquisar as variáveis causadoras e mantenedoras do comportamento de<br />

autorregras negativas, assim como os déficits de habilidades <strong>em</strong> uma participante do sexo f<strong>em</strong>inino,<br />

com a finalidade de identificar a função e controle de tais comportamentos-probl<strong>em</strong>a. Objetivou,<br />

também, estruturar um programa de intervenção dentro da análise do comportamento visando o<br />

controle dos repertórios inapropriados, por ela apresentados, assim como a instalação de novas e<br />

assertivas habilidades sociais.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Gornero . Bueno<br />

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