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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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antecedentes e consequentes de um comportamento-probl<strong>em</strong>a específico (McConaughy, 2005). Além<br />

disso, ao final da entrevista, é possível realizar uma hierarquização das dificuldades comportamentais<br />

(McConaughy, 2005).<br />

Essa visão de que as entrevistas clínicas são importantes componentes para a avaliação a partir<br />

de múltiplos informantes, e de que a criança pode e deve participar do seu processo de avaliação,<br />

levou McConaughy e Achenbach, <strong>em</strong> 1983, a elaborar uma entrevista s<strong>em</strong>iestruturada que pudesse<br />

ser integrada aos d<strong>em</strong>ais instrumentos ASEBA, recebendo esta o nome de “Entrevista Clínica<br />

S<strong>em</strong>iestruturada para Crianças e Adolescentes” (SCICA; McConaughy & Achenbach, 2001).<br />

A entrevista clínica s<strong>em</strong>iestruturada, aplicada por profissionais da área da saúde como psicólogos e<br />

psiquiatras, destina-se a avaliar crianças e adolescentes com idades entre seis e 18 anos. É <strong>em</strong>pregada<br />

como um protocolo s<strong>em</strong>iestruturado de questões e tarefas que representam uma amostra do<br />

funcionamento <strong>em</strong> nove amplas áreas: (1) Atividades, escola, <strong>em</strong>prego (idades de 12-18); (2) Amigos;<br />

(3) Relações familiares; (4) Fantasias; (5) Autopercepção, sentimentos; (6) Probl<strong>em</strong>as relatados por<br />

pais/professor; (7) Testes de Des<strong>em</strong>penho - Teste de Mat<strong>em</strong>ática e Teste de Reconhecimento de<br />

Leitura (opcionais); (8) Para as idades entre seis e 11 anos: anormalidades na motricidade fina e<br />

grossa (opcional); e (9) Para as idades entre 12 e 18 anos: queixas somáticas, álcool, drogas, probl<strong>em</strong>as<br />

com a lei.<br />

Após a sessão, o entrevistador pontua quantitativamente, segundo uma escala de quatro pontos,<br />

os comportamentos da criança no Formulário de Observação (FO) e no Formulário de Autorrelato<br />

(FA). O Formulário de Observação contém 120 itens a ser<strong>em</strong> avaliados para as idades entre seis<br />

e 18 anos, e o it<strong>em</strong> 121 permite o registro de até três probl<strong>em</strong>as adicionais observados durante a<br />

entrevista; destes, 50 foram extraídos e adaptados do “Inventário dos Comportamentos de Crianças<br />

e Adolescentes de 6 a 18 anos”, versão brasileira do Child Behavior Checklist (CBCL/6-18; Achenbach<br />

& Rescorla, 2001). O Formulário de Autorrelato contém 114 itens a ser<strong>em</strong> avaliados para as idades<br />

entre seis e 18 anos, mais o it<strong>em</strong> 247 para o registro de até três probl<strong>em</strong>as adicionais relatados pela<br />

criança durante a entrevista, destes, 50 também foram extraídos e adaptados do CBCL. Para as idades<br />

entre seis e 11 anos, os itens 228-235 abordam queixas somáticas que são relatadas espontaneamente<br />

e anotadas da mesma maneira que os outros itens de autoavaliação. Para as idades de 12-18, os<br />

itens 228-235 para queixas somáticas são anotados de acordo com a escala de quatro pontos e onze<br />

itens adicionais de autorresposta (236-246); para as idades entre 12 e 18 anos cobr<strong>em</strong> outras queixas<br />

somáticas, uso de drogas, e probl<strong>em</strong>a com a Lei.<br />

As avaliações realizadas no Formulário de Observação (FO) são agrupadas <strong>em</strong> cinco escalas: (1)<br />

Ansiedade, (2) Retraimento/Depressão, (3) Probl<strong>em</strong>as Motores/de Linguag<strong>em</strong>, (4) Probl<strong>em</strong>as de<br />

Atenção e (5) Probl<strong>em</strong>as de Autocontrole. A pontuação obtida no Formulário de Autorrelato (FA)<br />

é agrupada <strong>em</strong> três escalas: (1) Ansiedade/Depressão, (2) Agressividade/Violação de regras e (3)<br />

Queixas Somáticas (para adolescentes com idade entre 12-18 anos). A soma das escalas AnsiedadeFO e Ansiedade/DepressãoFA compõe a Escala de Internalização (EI); e a soma das escalas Agressividade/<br />

Violação de regrasFA , Probl<strong>em</strong>as de AtençãoFO e Probl<strong>em</strong>as de Auto-ControleFO compõe a Escala de<br />

Externalização (EE). Além destes agrupamentos de escalas, a soma de todos os itens de probl<strong>em</strong>as de<br />

comportamento observados e autorrelatos fornec<strong>em</strong> um Total de Probl<strong>em</strong>as Observados (TO) e um<br />

Total de Probl<strong>em</strong>as Autorrelatados (TA). Este instrumento foi validado <strong>em</strong> populações clínicas norteamericanas<br />

e holandesas (McConaughy & Achenbach, 2001), e a sua versão brasileira foi traduzida,<br />

retraduzida (back translation) por um profissional e revisada por Emerich, Rocha e Silvares, <strong>em</strong> 2010.<br />

Apresentar<strong>em</strong>os a seguir o relato de um caso clínico, no qual as primeiras seis áreas da SCICA<br />

foram abordadas.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Emerich . Rocha . Silvares<br />

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