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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Weber . Mayer . Faria<br />

658<br />

Em contrapartida, Moura (2007) traz resultados divergentes. O objetivo da pesquisa foi verificar se<br />

havia relação entre indecisão profissional do filho adolescente e os estilos parentais; os participantes<br />

foram 372 estudantes do 3º ano do ensino médio de escolas públicas e particulares. Os resultados<br />

apontaram que não há relação significativa entre as variáveis indecisão profissional e estilo parental<br />

de pai e de mãe. Além disso, a variável indecisão profissional foi relacionada à idade, ao gênero, ao<br />

tipo de escola, ao turno de escola e também não apresentou nenhum resultado significativo. Esse<br />

resultado vai ao encontro do estudo desenvolvido por Sparta (2003), que igualmente apontou não<br />

haver relação entre grau de indecisão e idade.<br />

Os estudos mencionados traz<strong>em</strong> contribuições significativas e d<strong>em</strong>onstram a necessidade de<br />

desenvolver outros que identifiqu<strong>em</strong>, com cuidado e profundidade, como ocorre a influência da<br />

família no momento da escolha profissional. Além das práticas educativas parentais, são descritos<br />

como influentes nesse processo outros fatores, entre eles, a condição socioeconômica da família que<br />

interfere diretamente na decisão da carreira, pois, de acordo com cada realidade, as possibilidades<br />

educacionais oferecidas serão diferentes.<br />

Práticas de alimentação infantil e suas implicações no desenvolvimento<br />

do sobrepeso e da obesidade infantil<br />

O sobrepeso e a obesidade infantil vêm apresentando um aumento gradativo desde a infância<br />

até a idade adulta (Halpern & Rodrigues, 2008), chegando, até mesmo, a triplicar entre os jovens<br />

nos últimos 20 anos (Heinberg & Thompson 2009). Esse aumento, que v<strong>em</strong> ocorrendo nas últimas<br />

décadas, acontece <strong>em</strong> diversos países. Em relação aos americanos, hoje é estimado que mais de 20%<br />

das crianças e adolescentes são obesos (Heinberg & Thompson, 2009). Segundo a CDC – Centers<br />

for Disease Control and Prevention – (2008), desde 1980, a porcentag<strong>em</strong> de crianças obesas nos<br />

Estados Unidos, nas idades entre 6 e 11 anos, dobrou, e a porcentag<strong>em</strong> de adolescentes obesos nas<br />

idades entre 12 a 19 anos triplicou. Para a população brasileira, a prevalência de sobrepeso/obesidade<br />

apresenta crescimento entre as décadas de 1970 e 90 (Mendonça & Anjos, 2004), e sua frequência<br />

varia entre 5 a 18%, dependendo da região estudada (Rinaldi, Pereira, Macedo, Mota & Burini, 2008).<br />

As crianças com excesso de peso têm elevado risco de se tornar<strong>em</strong> adolescentes e adultos também<br />

com excesso de peso e, portanto, correndo um grande risco de sofrer dos probl<strong>em</strong>as de saúde<br />

associados. A literatura v<strong>em</strong> mostrando que o excesso de peso é um fator de risco à qualidade de<br />

vida, pois afeta a saúde física, ocasionando ou agravando quadros de hipertensão, diabetes mellitus,<br />

doença coronariana, apneia do sono, derrame, aumento do colesterol e triglicerídeos, probl<strong>em</strong>as<br />

ortopédicos (Coutinho, 1998).<br />

Em relação às complicações psicológicas, a criança afetada pela obesidade pode apresentar baixo<br />

desenvolvimento de habilidades sociais, baixa autoestima e baixo autoconceito, depressão, distúrbios<br />

da autoimag<strong>em</strong> e discriminação (Fonseca & Matos, 2005; Hara & Priszkulnik, 2004; Kiess e cols.,<br />

2006; Repetto, Rizzolli & Bonatto, 2003).<br />

De acordo com o modelo de seleção por conseqüências (Skinner, 1981) pode-se verificar que a<br />

obesidade é influenciada por fatores de orig<strong>em</strong> filogenéticas (historia da espécie da qual o organismo<br />

faz parte), ontogenética (a história da interação com o ambiente) e cultural (a história de exposição<br />

a contingências de reforçamento arranjadas por grupos sociais).<br />

Dessa forma, a ciência mostra que a obesidade algumas vezes é determinada por fatores genéticos,<br />

que pod<strong>em</strong> ter a função de predisposição individual (Mulder , Kain & Seidell, 2009), além de que<br />

o ser humano carrega genes que são originários de uma época de muito trabalho e frequente falta<br />

de alimentos, quando era necessário assegurar uma ingestão energética adequada para manter as<br />

necessidades mínimas de sobrevivência, o que foi indispensável para a evolução da espécie humana

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