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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Ledo . Bueno<br />

326<br />

Método<br />

Participante<br />

Maria (nome fictício), 49 anos, separada, ensino fundamental incompleto, auxiliar de serviços<br />

gerais e de nível sócioeconômico baixo. À época deste estudo a participante residia com o neto (J. V.<br />

de 9 anos). Fazia uso de Rivotril®, 100mg à noite.<br />

Materiais e Ambiente<br />

As sessões terapêuticas ocorreram <strong>em</strong> um consultório padrão de uma Clínica Escola de Psicologia,<br />

ligada a uma instituição de ensino superior. Foram utilizados materiais didático-pedagógicos, como<br />

canetas coloridas, prancheta, papel sulfite A4, um celular Nokia para gravar as sessões, b<strong>em</strong> como<br />

materiais de caráter avaliativo, questionários e diários de registros, para fins de avaliação psicológica<br />

e comportamental, descritos, a seguir.<br />

O Questionário de História Vital – QHV (Lazarus, 1975/1980) -- foi aplicado na participante com<br />

a finalidade de coletar dados acerca da sua história de vida. Ele é composto por 94 questões com as<br />

quais se pesquisa a história de vida da pessoa <strong>em</strong> todas as fases do desenvolvimento humano.<br />

Para verificar os comportamentos-probl<strong>em</strong>a da participante foram aplicados três dos quatro<br />

instrumentos da Bateria de Beck (Cunha, 2001): Inventário de Depressão de Beck – BDI –,<br />

investigador do nível de depressão por meio de 21 itens, cada it<strong>em</strong> com quatro alternativas, sendo os<br />

escores classificados de 0 a 11, nível mínimo; de 12 a 19, nível leve; de 20 a 35, nível moderado; e de 36<br />

a 63, nível grave. A BHS – Escala de Desesperança de Beck – averigua a profundidade da desesperança<br />

com relação ao futuro e ao passado da pessoa. É constituída por 20 itens, com afirmativas a ser<strong>em</strong><br />

assinaladas como ‘certo’ ou ‘errado’. O nível de desesperança é avaliado por meio de escores: de 0 a<br />

4, mínimo; de 5 a 8, leve; de 9 a 13, moderado; de 14 a 20, grave. O BAI – Inventário de Ansiedade<br />

de Beck –, é o investigador das respostas ansiosas através de 21 afirmativas que propõ<strong>em</strong> sinais de<br />

ansiedade. Esses sinais são avaliados pela pessoa <strong>em</strong> uma escala de quatro pontos. A soma total dos<br />

escores aponta o nível de ansiedade: de 0 a 10, mínimo; de 11 a 19, leve; de 20 a 30, moderado; e de<br />

31 a 63, grave.<br />

Para avaliar o nível de tensão na participante, foi aplicado o Inventário de Sintomas de Stress<br />

para Adultos – ISSL (Lipp, 2000). O ISSL investiga: (a) a presença de sintomas de stress; (b) tipo<br />

de manifestação predominante (física ou psicológica); e a (c) fase <strong>em</strong> que o stress se encontra. Esse<br />

instrumento é composto por três quadros referentes às quatro fases do stress: 1) alerta; 2) resistência;<br />

3) quase-exaustão; e 4) exaustão.<br />

Para definir as habilidades e inabilidades compreendidas no repertório da participante, foilhe<br />

administrado o Inventário de Habilidades Sociais – IHS (Del Prette & Del Prette, 2001). Esse<br />

instrumento é subdivido <strong>em</strong> fatoriais que possibilitam o conhecimento de repertórios específicos<br />

da pessoa: habilidades sociais <strong>em</strong> situações de enfrentamento e autoafirmação com risco (F1);<br />

autoafirmação na expressão de sentimento positivo (F2); conversação e desenvoltura social (F3);<br />

autoexposição a desconhecidos e situações novas (F4); e autocontrole da agressividade (F5). Além<br />

dos ‘itens que não entraram <strong>em</strong> nenhum fator’. A análise dos escores considera o percentil mediano<br />

50 como referencial para indicar se a pessoa apresenta alta ou baixa habilidade social. O escore total<br />

destaca as habilidades sociais globais que a pessoa possui.<br />

Os diversos Diários de Registros de Comportamento – DRCs (Bueno & Britto, 2003) -- foram<br />

utilizados para monitorar os comportamentos-probl<strong>em</strong>a da participante. Os DRCs também<br />

serviram de recursos para a operacionalização de análises funcionais do comportamento (Skinner,<br />

1953/2000). Ambos os instrumentos favorec<strong>em</strong> a descrição das variáveis independentes (causa e

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