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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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proporciona ou inviabiliza, sobretudo <strong>em</strong> termos dos apoios <strong>em</strong>ocionais e materiais (Gonçalves &<br />

Coimbra, 2007).<br />

Dietrich e Kracke (2009) afirmam que os pais são os principais parceiros para ajudar os adolescentes<br />

a se preparar<strong>em</strong> para a escolha de carreira, pois <strong>em</strong> seus estudos constataram que o apoio dos pais<br />

está associado positivamente com a exploração da carreira, e que a interferência e falta de <strong>em</strong>penho<br />

estão associadas à dificuldades de decisão.<br />

Quando se avalia a diferença na participação de pai e mãe no processo de inserção e saída do curso<br />

universitário, verifica-se que a mãe é descrita como apoiadora, incentivadora dos interesses e aberta<br />

à comunicação com os filhos, estando mais informada sobre seus sentimentos e dificuldades <strong>em</strong><br />

relação à escolha da carreira. O pai é geralmente descrito como a figura de autoridade, mais exigente,<br />

preocupado com resultados (aprovação, trabalho, diploma), gerador de ansiedade nos filhos e menos<br />

informado sobre os sentimentos deles (Bardagi & Hutz, 2008).<br />

Meszaros, Creamer e Lee (2009) investigaram o papel de apoio dos pais na influência na escolha<br />

da carreira <strong>em</strong> uma amostra de 954 alunos do ensino médio e mulheres universitárias. Os resultados<br />

documentam que as mulheres eram significativamente mais propensas a pedir opiniões sobre<br />

carreiras do que os homens.<br />

Em pesquisa desenvolvida por Sobral, Gonçalves e Coimbra (2009) com 327 adolescentes de escolas<br />

públicas da região do Porto, <strong>em</strong> Portugal, investigou-se o impacto da situação profissional parental<br />

(<strong>em</strong>prego e des<strong>em</strong>prego) na elaboração dos projetos vocacionais dos filhos. Os resultados indicam<br />

que os adolescentes filhos de pais <strong>em</strong>pregados manifestam significativamente mais comportamentos<br />

de investimento vocacional do que os adolescentes que são filhos de pais des<strong>em</strong>pregados<br />

Restubog, Florentino e Garcia (2010) examinaram como os tipos de apoio dos pais influenciam na<br />

escolha da carreira. Os resultados apontam que o apoio dos pais está relacionado à maior eficácia e<br />

à decisão de carreira.<br />

Fouad, Cotter, Fitzpatrick, Kantamneni, Carter e Bernfeld (2010) descrev<strong>em</strong> o desenvolvimento<br />

e a validação da escala de influência familiar (FIS). A FIS foi projetada para avaliar a percepção de<br />

como a família de orig<strong>em</strong> influencia as escolhas de carreira e trabalho. Os resultados d<strong>em</strong>onstram<br />

que essa influência ocorre por meio do apoio informativo, apoio financeiro, expectativas da família,<br />

valores e crenças.<br />

Alguns estudos focam na interação familiar e <strong>em</strong> aspectos como ansiedade, depressão e indecisão<br />

dos filhos no momento da escolha da profissão.<br />

Um estudo desenvolvido com 467 estudantes, com idade entre 15 e 20 anos, de ambos os sexos,<br />

alunos do último ano do ensino médio, de escolas públicas e privadas, investigou a influência<br />

dos estilos parentais sobre a indecisão profissional, ansiedade e depressão. Os resultados revelam<br />

correlação positiva entre indecisão, ansiedade e depressão. Os filhos de pais negligentes apresentaram<br />

os piores escores nas três medidas. A pesquisa confirmou a influência dos estilos parentais sobre<br />

o b<strong>em</strong>-estar dos adolescentes, no entanto, os resultados não confirmam totalmente a hipótese de<br />

que os estilos parentais tenham um efeito moderador sobre as relações de indecisão, ansiedade e<br />

depressão. Esse efeito foi observado apenas para o estilo autoritativo (Bardagi, 2002).<br />

Vignoli, Croity-Belz, Chapeland, Fillipis e Garcia (2005) examinaram o papel do apego mãeadolescente,<br />

da ansiedade e dos estilos parentais no processo de exploração da carreira e na satisfação<br />

profissional. Foram considerados três tipos de ansiedade: a ansiedade geral, o medo de fracassar na<br />

carreira e o medo de ser uma decepção para os pais. Os participantes foram 283 estudantes do ensino<br />

médio francês. Os resultados variaram por gênero, sendo que, para as meninas, a ansiedade geral e<br />

o estilo negligente estavam inversamente relacionados com a exploração de carreira; apego seguro<br />

e medo do fracasso estavam positivamente relacionados. Para os meninos, o medo de decepcionar<br />

os pais estava diretamente relacionado com a exploração da carreira. O apego aos pais, o estilo<br />

autoritário, a ansiedade generalizada e o medo do fracasso estavam relacionados a alguns índices de<br />

satisfação de exploração de carreira, <strong>em</strong>bora de maneira diferente para meninos e meninas.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Weber . Mayer . Faria<br />

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