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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Neves Neto<br />

472<br />

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordag<strong>em</strong> psicoterápica que reconhece<br />

o papel das cognições disfuncionais e/ou limitantes na geração da resposta psicofisiológica do<br />

estresse. As pessoas pod<strong>em</strong> reagir de forma repetitiva e automática às situações adversas eliciadoras<br />

de estresse, através de alguns erros cognitivos comuns, tais como: catastrofização, pensamento<br />

dicotômico do tipo “tudo ou nada”, generalização, diminuição do lado positivo, leitura mental,<br />

previsão do futuro, magnificação ou minimização, rotulação, entre outros (Leahy, 2007; Dobson,<br />

2006; Neves Neto, 2003a). Além de promover a reestruturação cognitiva, a expressão <strong>em</strong>ocional<br />

reguladora e o desenvolvimento de um repertório de comportamentos mais adaptativos, a TCC<br />

utiliza frequent<strong>em</strong>ente técnicas de relaxamento e de respiração com a finalidade de diminuir a<br />

função do sist<strong>em</strong>a nervoso autônomo simpático e dos neuro-hormônios do estresse, e promover a<br />

função parassimpática e os neuro-hormônios implicados na resposta de relaxamento. Em síntese,<br />

pensar com clareza, sentir-se calmo e não agir impulsivamente são condições essenciais tanto para a<br />

eficácia dos tratamentos psicoterápicos quanto dos d<strong>em</strong>ais tratamentos médicos e afins (Lehrer et al,<br />

2007; King et al, 2007; Dobson, 2006; Fried, 1999; Benson, Stuart, 1993).<br />

O biofeedback como um processo psicoeducacional <strong>em</strong> TCC, utiliza sofisticados equipamentos<br />

eletrônicos capazes de monitorar os sinais vitais relevantes (p/ex., variabilidade da freqüência<br />

cardíaca, atividade eletrodérmica, t<strong>em</strong>peratura periférica, tônus muscular, freqüência respiratória,<br />

ondas cerebrais, entre outros) para o treino comportamental (condicionamento operante visceral de<br />

Neal Miller) e de outros processos cognitivos (ex. cognições disfuncionais de Aaron Beck, autoeficácia<br />

de Albert Bandura, estilo atributivo de Martin Seligman, estratégias de coping de Arnold Lazarus,<br />

entre outros). (Neves Neto, 2010d). Os sensores de biofeedback mais utilizados para o treino de<br />

técnicas de respiração são: freqüência e amplitude respiratória (torácica e abdominal), variabilidade<br />

da frequência cardíaca e do tônus muscular (músculos escaleno e trapézio). (Lehrer et al, 2007;<br />

Schwartz, Andrasik, 2003).<br />

A resposta de relaxamento evocada por diversas práticas de relaxamento diferentes pode ser<br />

visualizada através da utilização de equipamentos de biofeedback, tornando o treinamento destas<br />

Figura 1<br />

Registro psicofisiológico (variabilidade da frequência cardíaca, <strong>em</strong> bpm), <strong>em</strong> voluntário,<br />

nas condições: (a) respiração livre (< 15 resp/min) e (b) respiração diafragmática, obtidos<br />

através do equipamento de biofeedback (EmWave PC, HeartMath Institute Inc., EUA)

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