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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Rodrigues Jr . Zeglio<br />

556<br />

Reconhecimento do corpo ou Autossensibilização<br />

A orientação de autoestimulações corporais precisa ocorrer e deve utilizar vivências com os cinco<br />

sentidos. Valorizar sons e músicas preferidas, aromas e odores, sabores e gostos, sensações físicas e<br />

aspectos visuais dev<strong>em</strong> dirigir estas orientações de tarefas. Atividades individuais de automassag<strong>em</strong><br />

que incluam as diretrizes acima dev<strong>em</strong> ocorrer mais de uma vez por s<strong>em</strong>ana, <strong>em</strong>bora as limitações<br />

iniciais quanto à disponibilidade de t<strong>em</strong>po estejam associadas à existência da dificuldade sexual.<br />

Questionamentos s<strong>em</strong>anais de cada um dos exercícios sobre o que a paciente sente e o que pensou<br />

a respeito importam e são o mecanismo importante a ser desenvolvido pelo espaço psicoterápico.<br />

Banhoterapia<br />

O banho diário é um momento com várias utilidades no tratamento de anorgasmia. Além de<br />

proporcionar prazer, pode desenvolver a percepção de novas e variadas sensações táteis prazerosas.<br />

Apontar a possibilidade de experimentar novos sabonetes (<strong>em</strong> barra ou líquido), com novos aromas,<br />

distintos do que se está habituada, usar esponjas diferentes (vegetal ou plástica, ou até a animal, mais<br />

rara de se obter). Dirigimos a atenção da paciente para a possibilidade de variar a t<strong>em</strong>peratura da<br />

água, atentar para as variações do jato d’ água, questionar como ela se sente, o que lhe passa pela<br />

cabeça, conduzindo e validando a percepção das sensações prazerosas <strong>em</strong> cada experiência.<br />

O banho proporciona um exercício de conhecimento e reconhecimento do corpo. O próximo passo<br />

é um banho a dois, permitindo troca de experiências e ampliação de comunicação das percepções<br />

aprendidas individualmente nos exercícios, aumento de intimidade e confiança.<br />

Biblioterapia<br />

O uso da literatura para auxiliar o tratamento das dificuldades <strong>em</strong>ocionais é antigo e t<strong>em</strong> sido<br />

dirigido também às dificuldades sexuais (Rosseto & Rodrigues Jr., 2009). Cada momento do processo<br />

psicoterápico deve exigir uma nova proposta de leitura, dependendo do que é necessário desenvolver,<br />

incluídas aí novas e variadas técnicas sexuais.<br />

Orientar para a leitura diária de um certo número de páginas auxiliará a manter a atenção da<br />

paciente no assunto sexualidade e afastar a atenção unicamente do probl<strong>em</strong>a sexual.<br />

Orientação sobre sexualidade/técnicas sexuais<br />

Além de utilizar a biblioterapia com o objetivo de desenvolver variações comportamentais na<br />

expressão da sexualidade, os momentos da sessão psicoterápica pod<strong>em</strong> ser usados para explicitar<br />

novas formas de interação sexual que a paciente não conheça, através de técnicas pedagógicas<br />

expositivas e a busca de outros materiais adequados a cada paciente. Esses outros materiais pod<strong>em</strong><br />

ser textos e contos eróticos que descrevam as atividades sexuais, filmes/dvds, s<strong>em</strong>pre de acordo com<br />

as limitações morais de cada paciente.<br />

Orientar sobre posições coitais (Rodrigues & Martins, 2011) é um tópico específico que d<strong>em</strong>anda<br />

a paciente/cliente encontrar livros e revistas que tragam as posições sexuais coitais <strong>em</strong> gravuras/<br />

desenhos ou fotografias explícitas ou simuladas. O debate sobre as variações do comportamento<br />

sexual, a ex<strong>em</strong>plo de manipulações genitais, sexo orogenital e anogenital, deverá ocorrer, s<strong>em</strong>pre na<br />

limitação moral de cada paciente.

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