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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Algumas contribuições da análise do comportamento para o estudo da<br />

obesidade e do sobrepeso 1<br />

Marina Zanoni Macedo<br />

marina.z.macedo@gmail.com<br />

Universidade Federal de São Carlos2 Giovana Escobal<br />

Universidade Federal de São Carlos 3<br />

Celso Goyos<br />

Universidade Federal de São Carlos 4<br />

Um dos principais probl<strong>em</strong>as de saúde na sociedade moderna, tanto <strong>em</strong> países desenvolvidos como<br />

naqueles <strong>em</strong> desenvolvimento, é o aumento dos índices de indivíduos obesos ou com sobrepeso<br />

(Carneiro et al., 2003). A obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde, é uma condição<br />

complexa com sérias dimensões sociais e psicológicas, e afeta praticamente todas as idades e grupos<br />

socioeconômicos. T<strong>em</strong> alcançado proporções epidêmicas no mundo, com mais de 1 bilhão de adultos<br />

com excesso de peso e pelo menos 300 milhões deles clinicamente obesos, portanto, é considerado<br />

um dos principais contribuintes para a carga global de doenças crônicas e incapacidades (Puska,<br />

Nishida, & Porter, 2003).<br />

Os indivíduos obesos são estigmatizados a sofrer as múltiplas formas de prejuízos e descriminação<br />

pelo peso excessivo (Brownell, Puhl, Schawartz, & Rudd, 2005). A prevalência desta discriminação<br />

teve um amento na população norte americana de 66% <strong>em</strong> relação à última década (Andreyeva,<br />

Puhl, & Brownell, 2008), e pode ser comparada à discriminação racial, especialmente entre o sexo<br />

f<strong>em</strong>inino (Puhl, Andreyeva, & Brownell, 2008).<br />

Em relação a dados do Brasil, nota-se preconceito <strong>em</strong> relação à obesidade junto as classes sociais,<br />

visto que na primeira classe, a prevalência de obesidade entre mulheres evolui de 9,7% para 11,8%,<br />

enquanto na segunda classe passou de 10,7% para 13,7%. A obesidade global avança na população<br />

adulta brasileira e apresenta impacto importante nos segmentos menos favorecidos (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística, 2004). Nesse contexto, observa-se a vulnerabilidade do grupo<br />

f<strong>em</strong>inino à dinâmica da obesidade no contexto de exclusão e pobreza (Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística, 2006).<br />

O preconceito gera desigualdades para esta população <strong>em</strong> vários setores tais como <strong>em</strong>pregos,<br />

centros de saúde e instituições educacionais, frequent<strong>em</strong>ente devido à generalização de um<br />

1 Os autores agradec<strong>em</strong> à FAPESP por bolsa de Pós-doutorado concedida à segunda autora. Ao CNPq por bolsa de Produtividade <strong>em</strong><br />

Pesquisa concedida ao segundo autor. Os autores encontram-se vinculados ao Laboratório de Aprendizag<strong>em</strong> Humana, Multimídia<br />

Interativa e Ensino Informatizado (LAHMIEI), UFSCar.<br />

2 Doutoranda, Programa de Pós-graduação <strong>em</strong> Psicologia, Universidade Federal de São Carlos.<br />

3 Pesquisadora associada, Departamento de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos; bolsista Pós-doutorado FAPESP (Processo<br />

2010/11201-9).<br />

4 Professor Associado, Departamento de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos; bolsista Produtividade <strong>em</strong> Pesquisa CNPq<br />

(Processo 400930/2009-9).<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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