13.04.2013 Views

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Prado<br />

540<br />

Objetivo: A criança limpa o telefone.<br />

1. A criança verifica no telefone se há manchas de gordura e pó sobre a superfície (relação<br />

antecedente – resposta);<br />

2. A criança identifica na dispensa (mercado) os produtos de limpeza que dev<strong>em</strong> ser utilizados para<br />

limpar o telefone (relação antecedente – resposta);<br />

3. A criança seleciona os produtos de limpeza que serão utilizados para limpar o telefone (flanela,<br />

álcool) (relação resposta – consequente);<br />

4. A criança dirige-se ao móvel onde se localiza o telefone levando consigo os produtos de limpeza<br />

que serão utilizados (resposta – consequente);<br />

5. A criança <strong>em</strong>bebe a flanela com álcool suficiente para deixá-la lev<strong>em</strong>ente umedecida (relação<br />

resposta - consequente);<br />

6. A criança segura o telefone a uma distância de cinco centímetros do móvel onde se localiza o<br />

telefone (resposta);<br />

7. A criança passa a flanela <strong>em</strong>bebida com álcool sobre toda a superfície visível do telefone,<br />

retirando sinais e manchas de gordura, pó e cheiro de nicotina (relação resposta –consequente);<br />

8. A criança toma cuidado para que não respingue álcool sobre o móvel <strong>em</strong> que se localiza o telefone<br />

(relação resposta – consequente);<br />

9. A criança verifica se o telefone está limpo, s<strong>em</strong> sinais de gordura ou pó sobre sua superfície<br />

(relação antecedente – resposta).<br />

A identificação das relações entre antecedente, resposta e consequente é fundamental para entender<br />

e nomear qual é a relação que o organismo está estabelecendo como o meio – que comportamento<br />

é esse! A pesquisa e o desenvolvimento do conhecimento/científico permitirão especificar cada vez<br />

mais e melhor as variáveis envolvidas nos componentes de uma relação com o ambiente (Botomé,<br />

1980, 2001). O estudo de um comportamento, sua definição e descrição são essenciais para a<br />

elaboração dos objetivos de comportamentais.<br />

A análise do comportamento aplicada t<strong>em</strong> contribuído para a descrição e definição de alguns<br />

possíveis comportamentos objetivo/finais no contexto clínico que pod<strong>em</strong> promover melhora no<br />

estado geral, b<strong>em</strong>-estar do indivíduo e sua “adaptação” meio, como: habilidades sociais, assertividade,<br />

intimidade, <strong>em</strong>patia, autocontrole, autoconhecimento etc. O conhecimento e a descrição desses<br />

“comportamentos”, por meio da análise de seus componentes, pode auxiliar o terapeuta a avaliar o<br />

repertório inicial do cliente e planejar o processo de intervenção.<br />

A compreensão da noção de comportamento no contexto clínico<br />

A primeira tarefa de um terapeuta comportamental é a chamada análise funcional, análise<br />

comportamental ou análise de contingências. Essa análise ocorre paralelamente ao estabelecimento<br />

da aliança terapêutica (Meyer & cols., 2010). A tarefa de análise funcional busca especificar as<br />

variáveis externas das quais o comportamento “probl<strong>em</strong>a” é função, ou seja, é o estudo das diversas<br />

relações contingenciais responsáveis pela manutenção de um determinado probl<strong>em</strong>a (Meyer,<br />

2001). A autora destaca que a análise funcional é o instrumento básico de trabalho de qualquer<br />

analista de comportamento, inclusive o que atua na clínica. Neno (2003) acrescenta que na terapia<br />

comportamental a análise funcional t<strong>em</strong> sido apontada como um fundamento para a avaliação<br />

clínica e é identificada como um caminho para a intervenção.<br />

Meyer e colaboradores usam e destacam, <strong>em</strong> outro momento (2010), o termo “análise de<br />

contingências” no lugar de análise funcional. Os autores argumentam que este último se aplica à<br />

análise que segue um rigor experimental, com manipulação e controle de variáveis. Contudo, como no<br />

contexto clínico há pouco controle e atuam múltiplas variáveis, é mais apropriado o termo análise de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!