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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Nogueira . Bueno<br />

486<br />

Queixas – As queixas e d<strong>em</strong>andas sobre o Participante I foram apresentadas pela Participante II,<br />

visto que João não apresentava repertório verbal coerente às perguntas que eram feitas a ele, quando<br />

foi incluído neste estudo. As queixas apresentadas: (a) repertório verbal inapropriado do Participante<br />

I (dialogar sozinho sobre t<strong>em</strong>as alheios às contingências ambientais; apresentar repertório verbal<br />

negativo intenso – xingamentos – e incompatíveis às contingências <strong>em</strong> vigor; discurso desorganizado<br />

quando <strong>em</strong> interação social específica); (b) déficits de habilidades sociais para interação social<br />

(agitação e agressividade com pessoas); (c) dependência total do Participante II para a realização de<br />

atividades de higienização, tais como lavar sua própria louça, arrumar o quarto, etc.. Já as d<strong>em</strong>andas<br />

apresentadas pela Participante II foram: o controle das queixas (a), (b), (c) e melhoria da interação<br />

entre ambos.<br />

Diálogos terapêuticos - A Tabela 3 mostra a topografia do repertório verbal apresentados durante<br />

o rapport estabelecido com João <strong>em</strong> todas as fases do processo terapêutico.<br />

Tabela 3<br />

Padrão do repertório verbal do participante I observado ao longo deste estudo no<br />

setting terapêutico<br />

Linha de base<br />

(...) T: Que bom que está aqui hoje! O que mais gosta de fazer durante a s<strong>em</strong>ana? P: Estudar.<br />

T: O que gosta de estudar? P: Ter amigos.<br />

T: O que mais? P: Soltar venenos. (...)<br />

Intervenção I<br />

(...) T: Olá! Tudo b<strong>em</strong>, João? P: Mexeram no cabelo da Miris Cruz e vou bater neles.<br />

T: Por que você quer bater nas pessoas que mexeram no cabelo da Miris Cruz? P: Ela esqueceu deles e ela mudou.<br />

T: Me explica melhor essa sua frase. P: É porque ela morava longe. (...).<br />

Avaliação pós-férias<br />

(...) T: O que me conta de novidade das férias? P: Estou melhorando.<br />

T: T<strong>em</strong> como me dizer como é essa melhora? P: O raciocínio. (...)<br />

Intervenção II<br />

(...) T: João, o que me conta de bom? P: Estou estudando.<br />

T: Ótimo! E na sua casa, como está? P: Está melhorando.<br />

T: Hum... O que percebe que melhorou? P: O meu raciocínio.<br />

T: Que bom! O que melhorou <strong>em</strong> seu raciocínio? P: A maneira de eu pensar. (...).<br />

A tabela acima mostra que os diálogos terapêuticos estabelecidos na fase de linha de base e<br />

intervenção I apresentaram incoerências <strong>em</strong> relação ao rapport estabelecido. Ao longo do processo<br />

terapêutico e intervenções aplicadas, os diálogos estabelecidos nas fases de avaliação pós-férias e<br />

intervenção II apresentaram maior coerência.<br />

Estabelecimento de regras e economia de fichas - Sua aplicação deu-se na intervenção I e sua<br />

continuidade na fase de intervenção II. A Tabela 4 ilustra os resultados alcançados nessas fases.

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