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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Matching-to-Sample (MTS)<br />

No procedimento de MTS, foram treinados os pré-requisitos para a formação de duas classes de<br />

estímulos equivalentes, cada qual contendo três m<strong>em</strong>bros cada uma. As classes foram formadas pelos<br />

estímulos A1, B1, C1 e A2, B2, C2, previamente selecionados pelo pesquisador. Além das duas classes,<br />

uma nova classe de três estímulos foi inserida para estes servir<strong>em</strong> como estímulos de comparação nas<br />

Fases de Treino e Teste. Esses estímulos foram os A3, B3 e C3, que serviam como comparações S∆ .<br />

Inicialmente, foi feito o treino da relação AB, <strong>em</strong> que os estímulos A serviam como modelo e os<br />

estímulos B como comparação. Seguindo dos treinos BC e, posteriormente, AB e BC <strong>em</strong> conjunto.<br />

Em seguida, iniciaram-se os testes <strong>em</strong> MTS. Primeiramente, ocorreu o teste <strong>em</strong> conjunto BA e CB e<br />

<strong>em</strong> seguida os testes das relações AC e CA.<br />

As instruções dadas aos participantes antes de iniciar o procedimento foram: “nesse jogo, vou te<br />

mostrar uma figura e pedir para que você aponte para ela. Quando você apontar para esta figura, eu<br />

vou te mostrar outras três para você apontar para uma delas. Caso você escolha a correta, ganhará<br />

um ponto; se errar, não t<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as, nós pod<strong>em</strong>os fazer de novo.”<br />

As tentativas de treino, portanto, consistiam <strong>em</strong>, inicialmente, apresentar um estímulo modelo.<br />

Quando a criança apontava para esse estímulo (i.e., resposta de observação), os três estímulos de<br />

comparação eram apresentados. O procedimento utilizado foi pareamento simultâneo, que consistia<br />

na manutenção do estímulo modelo diante da criança junto com os estímulos de comparação que<br />

eram dispostos <strong>em</strong> linha abaixo do estímulo modelo. Respostas ao estímulo Sd eram reforçadas com<br />

a frase “muito b<strong>em</strong>! Você acertou!” e com a marcação de um ponto no quadro-negro. Respostas<br />

aos estímulos deltas não eram reforçadas, sendo seguidas da frase “vamos tentar novamente”.<br />

Foi utilizado um procedimento corretivo, isto é, quando a criança errava a tentativa, essa mesma<br />

tentativa era reiniciada com a variação das posições dos estímulos de comparação para que a criança<br />

não ficasse sob o controle da ord<strong>em</strong> n<strong>em</strong> da posição dos estímulos.<br />

As tentativas de treino <strong>em</strong> MTS eram organizadas <strong>em</strong> blocos de seis e 12 tentativas. Os treinos AB e<br />

BC foram feitos <strong>em</strong> blocos de seis tentativas, de modo que eram treinadas duas relações condicionais<br />

(AB – A1B1, A2B2; BC – B1C1, B2C2). Já os blocos de treinos conjuntos ABBC <strong>em</strong> CRF e <strong>em</strong><br />

FR 3 eram compostos de 12 tentativas, sendo treinadas quatro relações condicionais (A1B1, A2B2,<br />

B1C1, B2C2). O participante tinha até 10 blocos de treinos para atingir o critério de 100% para<br />

avançar para a fase seguinte. Caso o critério de 100% de acertos não fosse atingido <strong>em</strong> 10 blocos, o<br />

participante era dispensado de estudo e sua participação agradecida. Todos os treinos, com exceção<br />

do treino conjunto ABBC <strong>em</strong> FR3 foram feitos <strong>em</strong> CRF, de modo que todas as tentativas corretas<br />

eram reforçadas. No treino ABBC <strong>em</strong> FR3 apenas a terceira tentativa correta era reforçada. Os<br />

treinos <strong>em</strong> FR 3 foram realizados para que o responder <strong>em</strong> extinção durante os testes não fosse<br />

enfraquecido pelo não reforçamento. A ord<strong>em</strong> estabelecida para as tentativas dentro de um bloco foi<br />

s<strong>em</strong>irrandômica, ou seja, a ord<strong>em</strong> das tentativas era aleatória, contanto que uma mesma tentativa<br />

não ocorresse por três vezes consecutivas.<br />

A instrução dada aos participantes antes de iniciar os testes foi: “A tarefa continua, vou pedir para<br />

você apontar para a figura que eu mostrarei primeiro e depois eu pedirei para que você aponte para<br />

uma das outras três que vou te mostrar. Mas agora você não vai ganhar pontos, só quando a tarefinha<br />

acabar, vou te falar quantos pontos você ganhou. Use o que você aprendeu até agora”.<br />

Se o participante acertasse, seu comportamento não era reforçado, pois se tratava de teste <strong>em</strong><br />

extinção, e uma nova tentativa era iniciada com a próxima relação de estímulo a ser testada. Se<br />

ele errasse, uma nova tentativa era reiniciada com os mesmos estímulos, porém com a ord<strong>em</strong> dos<br />

estímulos de comparação trocados, e também havia uma nova resposta de observação. O critério<br />

utilizado para se concluir que o des<strong>em</strong>penho foi compatível com a propriedade testada foi o de 75%<br />

de tentativas corretas <strong>em</strong> um mesmo bloco de testes.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Medeiros . Cardoso . Oliveira<br />

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