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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Evidenciamos também que a Qualidade de Vida no Trabalho depende de vários fatores diferentes,<br />

dentre eles a relação pessoa-<strong>em</strong>presa. É nesta relação que ocorre toda a dinâmica do programa de<br />

qualidade de vida, pois o equilíbrio dos componentes mutuamente relacionados entre a pessoa e a<br />

<strong>em</strong>presa influencia diretamente o tipo de conceito a ser aplicado naquele ambiente.<br />

O fato de as organizações se preocupar<strong>em</strong> cada vez mais com as condições necessárias para o<br />

melhor des<strong>em</strong>penho, torna necessária melhor compreensão das variáveis que pod<strong>em</strong> controlar o<br />

comportamento do indivíduo no contexto do trabalho.<br />

Cada colaborador é um organismo único, que se comporta sob o controle de estímulos específicos.<br />

Ao falar de Qualidade de Vida no Trabalho é importante notar que esse conceito é subjetivo e segue<br />

o mesmo modelo do reforço, ou seja, é individual e relativo (Moreira & Medeiros, 2007). Isso quer<br />

dizer que para cada colaborador qualidade de vida terá um significado diferente.<br />

O comportamento está sob controle de estímulos antecedentes e consequentes às respostas que<br />

o compõe (Skinner, 2003). Ao indagar sobre a Qualidade de Vida no Trabalho não se pode deixar<br />

de lado as variáveis ambientais de cada indivíduo <strong>em</strong> questão. Ao interagir com seu ambiente, o<br />

individuo busca consequências reforçadoras ou se esquivar de situações aversivas que possam manter<br />

esse comportamento.<br />

Obstáculos à eficácia dos programas de Qualidade de Vida no Trabalho pod<strong>em</strong> advir do fato de<br />

que o individuo interage não só com seu ambiente físico e social, mas também com seu ambiente<br />

biológico e histórico (Todorov, 2007) e, nesse sentido, os programas de qualidade n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre<br />

identificam os reforçadores necessários para que o colaborador se mantenha comportando como é<br />

esperado pela organização.<br />

As estratégias elaboradas para programas de qualidade de vida no trabalho acabam por levar <strong>em</strong><br />

consideração aspectos gerais do que v<strong>em</strong> a ser qualidade de vida, porém, as organizações lidam com<br />

pessoas que têm histórias de vida particular, e não gerais. Os resultados acabam sendo o fracasso dos<br />

programas, pela falta de conhecimento do que poderá controlar o comportamento dos colaboradores<br />

<strong>em</strong> particular nas organizações.<br />

O presente trabalho visou descrever a percepção de colaboradores sobre os itens relacionados aos<br />

programas Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Desta forma, acredita-se que o QVT possa gerar<br />

uma transformação mais eficaz e obter resultados mais duradouros e produtivos tanto para as pessoas<br />

quanto para a organização, desde que leve <strong>em</strong> consideração as contingências de reforços individuais.<br />

Método<br />

Participantes<br />

Participaram do presente estudo 30 pessoas de ambos os sexos com idade entre 18 e 59 anos. A<br />

pesquisa foi realizada com colaboradores do setor administrativo de uma <strong>em</strong>presa de Construção<br />

Civil instalada no Estado de Rondônia, escolhidos aleatoriamente.<br />

Material<br />

Foi utilizado um questionário de Qualidade de Vida no Trabalho (BPSO-96) desenvolvido por<br />

Limongi-França (1996), adaptado para o presente estudo.<br />

O instrumento utilizou a escala Likert e foi validado por Limongi-França (1996) <strong>em</strong> sua tese de<br />

doutorado <strong>em</strong> Administração com o t<strong>em</strong>a: “Indicadores <strong>em</strong>presariais de Qualidade de Vida no Trabalho:<br />

esforço <strong>em</strong>presarial e satisfação dos <strong>em</strong>pregados no ambiente de manufaturas com certificação ISO<br />

9000”. Segundo Oliveira (2008), este instrumento é utilizado atualmente <strong>em</strong> diversos estudos que<br />

buscam avaliar a satisfação dos funcionários com os programas de qualidade de vida no trabalho.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Pedroso . Caldeira<br />

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