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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Alves . Oliveira<br />

34<br />

Características da Síndrome de Down<br />

A pessoa com Síndrome de Down, ainda recém-nascida apresenta uma expressão fenotípica<br />

clássica: a cabeça é b<strong>em</strong> menor, se comparada com a das crianças s<strong>em</strong> a síndrome; os olhos são<br />

puxados; o rosto é achatado, consequência dos ossos faciais menos desenvolvidos; a língua parece<br />

ser d<strong>em</strong>asiadamente grande para a boca; as orelhas são tipicamente pequenas. Geralmente, têm um<br />

prega única na palma da mão e o dedo grande do pé é mais afastado dos d<strong>em</strong>ais. Frequent<strong>em</strong>ente,<br />

ainda apresentam hipotonia (flacidez muscular) e têm baixa estatura na primeira infância. Há vários<br />

outros aspectos físicos, mas é importante destacar que essas características variam de pessoa para<br />

pessoa (Pueschel, 1993/2000; Shwartzman, 1999).<br />

De acordo com Schwartzman (1999), os bebês com Síndrome de Down são muito sonolentos,<br />

têm dificuldade para sugar e deglutir, consequência da hipotonia <strong>em</strong> evidência nessa fase. Com<br />

a estimulação precoce muscular e tátil e, também, com o avanço da idade, a tendência é que a<br />

hipotonia diminua.<br />

Segundo Saad (2003), as pessoas com de Síndrome de Down nasc<strong>em</strong> com o cérebro com peso<br />

praticamente normal, se comparado aos outros bebês, mas durante a infância, seu desenvolvimento<br />

não se dá normalmente, alcançando apenas 75% do peso esperado; percebe-se também que o número<br />

de neurônios é diminuído <strong>em</strong> algumas áreas. Isso pode ocasionar diminuição na plasticidade ou<br />

reduzir a velocidade da maturação neural, e originar uma microcefalia.<br />

Mustacchi (1985) argumenta que o indivíduo com Síndrome de Down é <strong>em</strong> geral bastante típico.<br />

T<strong>em</strong> certo número de características que se apresentam <strong>em</strong> variadas combinações, como um número<br />

maior ou menor de sinais ou o grau de desenvolvimento que alcançará. A face e sua expressão,<br />

como um todo, também mostram uma aparência não característica que permit<strong>em</strong> o diagnóstico.<br />

Esses traços se acentuam quando a criança chora, momento <strong>em</strong> que a boca e os olhos adotam maior<br />

s<strong>em</strong>elhança com os traços de orig<strong>em</strong> mongólica. A língua pode ser grande e mantida fora da boca<br />

devido à pequena cavidade oral.<br />

Dentre várias características, a mais presente no indivíduo com Síndrome de Down é o atraso<br />

no desenvolvimento intelectual, posto que seu nível de inteligência está s<strong>em</strong>pre abaixo da média,<br />

com limitações significativas no funcionamento da adaptação e comunicação com os outros. Além<br />

disso, nos comportamentos de autocuidado como higiene, vida doméstica, habilidades sociais e<br />

interpessoais, uso de recursos comunitários, autossuficiência, atividades escolares, lazer, saúde,<br />

segurança e trabalho, também pode apresentar dificuldades (Angélico, 2004; Pereira Silva & Dessen,<br />

2001; Oliveira, 2010).<br />

Deficiência Intelectual<br />

Em meados do século XVI, os deficientes eram vistos como incapacitados, não apenas de<br />

sobreviver<strong>em</strong> sozinhos, mas de colaborar ativamente com a comunidade, motivos pelos quais eram<br />

excluídos e rejeitados, pois a condição de sobrevivência dependia da capacidade de cada um de se<br />

manter vivo. Perante o Cristianismo, as pessoas que nasciam com algum tipo de deficiência eram<br />

consideradas fruto do pecado de seus pais. No entanto, do século XVI até o século XVIII, os deficientes<br />

eram trancados <strong>em</strong> asilos, manicômios e outras instituições que os mantinham segregados, pois<br />

eram considerados inválidos que não contribuíam para o desenvolvimento social de comunidades<br />

(Azevedo & Mori, 2005).<br />

Segundo Sassaki (2004), o deficiente intelectual pode apresentar características tais como: a)<br />

retardamento no desenvolvimento neuropsicomotor (a criança d<strong>em</strong>ora para firmar a cabeça, sentar,<br />

andar, falar, alternar os pés ao subir uma escada, por ex<strong>em</strong>plo); b) dificuldade de localização espaçot<strong>em</strong>poral;<br />

c) dificuldade de consciência, imag<strong>em</strong> e esqu<strong>em</strong>a corporal; d) necessidade de supervisão

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