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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Pedroso . Caldeira<br />

512<br />

Os modelos teóricos sobre a Qualidade de Vida no Trabalho propostos por diversos autores<br />

vêm sendo, ao longo do t<strong>em</strong>po, reformulados e combinados de maneira a se adaptar<strong>em</strong> às novas<br />

d<strong>em</strong>andas, aos novos contextos, uma vez que a percepção sobre o significante e o significado do<br />

conceito Qualidade de Vida pod<strong>em</strong> se apresentar de formas diferentes para os indivíduos e para as<br />

organizações. (Limonge-França, 2001; Chiavenato, 2004; Minayo, Hasrz, & Buss, 2001; Contes, 2003;<br />

Vasconcelos, 2001; Melo, 2006; Limonge-França, & Kanikadan, 2006).<br />

Neste sentido, é necessário levar-se <strong>em</strong> consideração as condições ontogenéticas e filogenéticas<br />

do indivíduo (Skinner, 1984), pois as suas características e necessidades individuais precisam ser<br />

identificadas e, com base nessas características e nos objetivos da organização, o programa de<br />

Qualidade de Vida dentro do ambiente organizacional poderá se desenvolver gerando resultados<br />

mais eficientes e eficazes.<br />

Exist<strong>em</strong> várias abordagens e conceitos diferentes sobre o t<strong>em</strong>a Qualidade de Vida, seja ele<br />

direcionado ao trabalho ou a qualquer outra área específica. Nota-se, porém, que geralmente o<br />

conceito de Qualidade de Vida no Trabalho mais usado está relacionado à saúde e à r<strong>em</strong>uneração.<br />

Contudo, o conceito <strong>em</strong> questão é muito abrangente e deve ser trabalhado de forma subjetiva, pois<br />

qualidade de vida pode não ter o mesmo significado de uma pessoa para outra. Essa subjetividade<br />

justifica-se pelo fato de as consequências (Skinner, 2003) que irão manter o comportamento dos<br />

colaboradores ser<strong>em</strong> subjetivas, ou seja, deve-se levar <strong>em</strong> consideração que uma dada conseqüência<br />

(e.g., bolsa de estudos para os colaboradores que mantêm sua produtividade) poderá não ser eficiente<br />

para manter o comportamento de todos, ou de um mesmo indivíduo, por um longo período de t<strong>em</strong>po.<br />

O Grupo de Qualidade de Vida da divisão de Saúde Mental da OMS definiu Qualidade de Vida<br />

como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura, e no sist<strong>em</strong>a de<br />

valores nos quais ele vive e <strong>em</strong> relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”<br />

(Whoqol Group, 1994)<br />

A qualidade de vida não pode ser vista como algo estático, mas dinâmico e holístico, por estar<br />

voltada as para dimensões sociais, físicas mental, espirituais e <strong>em</strong>ocionais (Melo, 2006).<br />

Segundo Limonge-França (1996), Qualidade de Vida no Trabalho é o conjunto das ações de uma<br />

<strong>em</strong>presa que envolve a implantação das melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente<br />

de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento <strong>em</strong> que se<br />

olha a <strong>em</strong>presa e as pessoas como um todo.<br />

Para Minayo Hartz e Buss (1998), qualidade de vida é uma noção <strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente humana, que<br />

t<strong>em</strong> sido aproximada do grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental,<br />

e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos<br />

os el<strong>em</strong>entos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e b<strong>em</strong>-estar. O termo<br />

abrange muitos significados que reflet<strong>em</strong> conhecimentos, experiências e valores de indivíduos<br />

e coletividades que a ele se reportam <strong>em</strong> variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo,<br />

portanto, uma construção social com a marca da relatividade cultural.<br />

Chiavenato (2004) versa que a Qualidade de Vida no Trabalho envolve fatores intrínsecos e<br />

extrínsecos ao cargo ocupado na instituição. Ou seja, afeta os comportamentos com relevância<br />

na produtividade individual e coletiva, sendo que a motivação, a adaptabilidade, a criatividade, a<br />

inovação ou capacidade de aceitar mudanças estão diretamente ligadas a esta produtividade.<br />

Por fim, a qualidade de vida deve ser tratada com muito cuidado por depender de diversas variáveis<br />

e por fazer parte da dinâmica estabelecida pela relação pessoa-<strong>em</strong>presa, respeitando a subjetividade<br />

do indivíduo e a cultura organizacional.<br />

Vários autores destacam que uma <strong>em</strong>presa de sucesso adota o programa de qualidade de vida<br />

como filosofia presente <strong>em</strong> sua cultura organizacional, o que naturalmente desenvolve um processo<br />

de humanização da organização. Dessa forma, os integrantes trabalham mais motivados e <strong>em</strong> um<br />

ambiente mais propício para desenvolver habilidades, criatividade e b<strong>em</strong>-estar, gerando resultados<br />

mais eficazes e retorno lucrativo para a <strong>em</strong>presa. (Limonge-França, 2001; Contes, 2003; Melo, 2006).

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