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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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O manejo de contingências de comportamentos funcionalmente patológicos<br />

Silvia Sztamfater<br />

CeAc - Centro de Análise do Comportamento<br />

AMBAN – IPq-HC-FMUSP<br />

Claudia Cristina de Oliveira Camargo<br />

AMBAN – IPq-HC-FMUSP<br />

Enfermaria Especializada <strong>em</strong> Comportamentos Impulsivos e Dependência Química (GREA/Ipq-HC-FMUSP)<br />

Mariângela Gentil Savóia<br />

mangy.savoia@globo.com<br />

AMBAN – IPq-HC-FMUSP<br />

Núcleo Conscientia<br />

Muitos são os padrões de comportamento reforçados e mantidos socialmente. Entretanto, alguns<br />

pod<strong>em</strong> ser considerados como funcionalmente desadaptativos e limitar a vida do indivíduo. Tendo<br />

<strong>em</strong> vista este pressuposto, o presente trabalho t<strong>em</strong> como objetivo explorar tal t<strong>em</strong>ática a partir de<br />

ex<strong>em</strong>plos e propostas de manejo.<br />

1 Quando a timidez é um probl<strong>em</strong>a<br />

Segundo o dicionário Michaelis, timidez é “qualidade de tímido; acanhamento excessivo; fraqueza<br />

de ânimo”, ao passo que tímido é aquele que “t<strong>em</strong> t<strong>em</strong>or, assustado, medroso, acanhado; que não t<strong>em</strong><br />

des<strong>em</strong>baraço, acanhado; incerto, dúbio, fraco”.<br />

Já na literatura científica a timidez é definida como uma reação de ansiedade normal que geralmente<br />

contribui para o bom des<strong>em</strong>penho <strong>em</strong> situações sociais; gera desconforto e inibição quando a pessoa<br />

está na presença de outras e/ou perante situações novas, além de ter natureza multifatorial (herança<br />

genética e história de vida) e ser bastante comum na adolescência (preocupação com a imag<strong>em</strong>)<br />

(Falcone, 2000; Silva, 2006, Savóia & Bernik, 2010).<br />

De acordo com Silva (2006), as manifestações mais comuns de timidez são: ficar calado, retrair-se<br />

fisicamente, enrubescer, gaguejar, sentir ansiedade, taquicardia, tr<strong>em</strong>or e sudorese. Ele acrescenta,<br />

ainda, que entrevistas de <strong>em</strong>prego, falar <strong>em</strong> público e encontros afetivos são algumas situações<br />

propícias para a ocorrência desses sintomas.<br />

O tímido t<strong>em</strong> uma preocupação excessiva com o des<strong>em</strong>penho social e com a imag<strong>em</strong> que pessoas<br />

desconhecidas terão do seu comportamento. Também considera as situações sociais imprevisíveis e<br />

incontroláveis, preferindo as rotinas rígidas que limitam o novo.<br />

A timidez passa a ser considerada desviante quando a ansiedade social normal (de agir <strong>em</strong> público<br />

ou interagir socialmente) torna-se patológica, havendo perdas funcionais para o indivíduo (padrão<br />

de evitação) e alto grau de sofrimento. Nestas condições, caracteriza-se como fobia social.<br />

A Tabela 1 mostra as principais diferenças entre timidez e fobia social (Silva, 2006).<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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