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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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elação palavra-número e dos princípios da contag<strong>em</strong> para a melhor compreensão do conceito<br />

de número.<br />

22. Hunting (2003), baseado na teoria parte-todo argumentou que a capacidade de refletir <strong>em</strong> um<br />

número como um objeto de pensamento e isolar suas partes constituintes é fundamental para<br />

um profundo conhecimento da aritmética. Seus dados apontam que o raciocínio e a contag<strong>em</strong><br />

estão intimamente relacionados no desenvolvimento numérico das crianças.<br />

23. Rousselle, Palmers e Noël (2004) investigaram as correlações entre conhecimento de número<br />

verbal e não-verbal, e relatou falta de correlação entre o desenvolvimento da contag<strong>em</strong> e<br />

des<strong>em</strong>penho <strong>em</strong> tarefas numéricas não-verbais (por ex<strong>em</strong>plo, pareamento de estímulos<br />

visuais).<br />

24. Aunola, Leskinen, Lerkkanen e Nurmi (2004) investigaram a dinâmica do desenvolvimento do<br />

des<strong>em</strong>penho mat<strong>em</strong>ático durante a transição das crianças da pré-escola para o próximo nível<br />

de ensino e os antecedentes cognitivos desse desenvolvimento. Verificou que a habilidade <strong>em</strong><br />

contag<strong>em</strong> é fundamental para o des<strong>em</strong>penho do comportamento mat<strong>em</strong>ático.<br />

25. Gaspar e Filomena (2004) verificaram o papel do nome dos números de dois dígitos no<br />

desenvolvimento numérico. Constataram que a aquisição da sequência de contag<strong>em</strong> está<br />

relacionada com o nome dos números.<br />

26. Sophian (2004) proporcionou um currículo de mat<strong>em</strong>ática experimental dando ênfase na<br />

construção das ordens das unidades a partir dos resultados que obtiveram com a contag<strong>em</strong> nos<br />

instrumentos de avaliação.<br />

27. Le Corre e Susan (2007) d<strong>em</strong>onstraram que as crianças aprend<strong>em</strong> a contag<strong>em</strong> oral antes de<br />

entender que as palavras se refer<strong>em</strong> a um número específico, único e exato valor cardinal.<br />

28. Stefan (2007) avaliou as implicações da contag<strong>em</strong> oral na representação de número <strong>em</strong> crianças<br />

pré-escolares. Os resultados mostram que as crianças foram capazes de fazer discriminações<br />

numéricas, ressaltando que a competência <strong>em</strong> contag<strong>em</strong> não determina este des<strong>em</strong>penho.<br />

29. Kamawar et al. (2010) verificaram que o princípio de irrelevância da ord<strong>em</strong> pode não<br />

des<strong>em</strong>penhar um papel importante no desenvolvimento do conhecimento conceitual de<br />

contag<strong>em</strong> <strong>em</strong> crianças.<br />

30. Huang, Spelke e Snedeker (2010) analisaram a relação entre as primeiras palavras número e o<br />

conceito de número <strong>em</strong> crianças pré-escolares. Seus dados permit<strong>em</strong> sugerir que as crianças<br />

não consegu<strong>em</strong> mapear palavras recém-aprendidas <strong>em</strong> seu padrão de contag<strong>em</strong> aos conceitos<br />

totalmente abstratos de números naturais.<br />

Conforme se pode verificar, a literatura sobre contag<strong>em</strong> t<strong>em</strong> se tornado crescente e nela encontramse<br />

investigações limitadas a situações de tarefas muitas específicas. Se, por um lado, essas pesquisas<br />

evidenciaram que a contag<strong>em</strong> requer níveis de processos e várias habilidades de ordens cognitivas,<br />

motoras, linguísticas e neurológicas, por outro, estas mesmas investigações estabelec<strong>em</strong> relações<br />

dicotômicas entre procedimentos e conceitos, competência e execução e entre inato e adquirido.<br />

Entretanto, estudos sobre o papel da contag<strong>em</strong> na formação do conceito de número ainda são<br />

escassos e não conclusivos quanto ao seu papel, isto é, se é um pré-requisito e, portanto, necessário,<br />

se é facilitador da aquisição do conceito de número ou se não afeta tal aquisição.<br />

Conforme se pode verificar na Figura 2, na base de dados PsycINFO, há uma distribuição<br />

homogênea do número de artigos publicados nas revistas científicas.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Fioraneli . Carmo<br />

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