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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Neder . Cabral Carneiro . Ferreira . Carneiro<br />

440<br />

Até o presente momento, nenhum exame isoladamente permite dar o diagnóstico do LES, e<br />

assim os critérios para classificação da doença propostos pelo American College of Rheumatology<br />

(ACR), constitu<strong>em</strong> padrão ouro. Segundo o ACR, é necessária a presença de, pelo menos, quatro<br />

dos 11 critérios estabelecidos para a classificação do LES. Estes critérios são universalmente aceitos e<br />

apresentam uma sensibilidade de 85% e especificidade de 95% (Hochberg, 1997).<br />

Anticorpos antinúcleos (AAN) pod<strong>em</strong> ser observados <strong>em</strong> mais de 95% dos casos, entretanto,<br />

não são específicos para a doença. Anticorpos anti-DNA de dupla hélice e anti-Sm apresentam<br />

alta especificidade para o diagnóstico da doença, entretanto, são encontrados, respectivamente,<br />

<strong>em</strong> 65% e 25% dos casos (Harigai, 2008).<br />

O tratamento da doença é bastante diversificado e habitualmente inclui: anti-inflamatórios<br />

não hormonais, antimaláricos, corticosteróides e imunossupressores. De um modo geral, as<br />

medicações utilizadas no controle da doença durante o surto de atividade são influenciadas pelas<br />

manifestações clínicas e pela gravidade. Dev<strong>em</strong>-se orientar os pacientes e seus familiares sobre<br />

fatores que pod<strong>em</strong> influenciar na exacerbação da doença, como exposição à radiação ultravioleta,<br />

uso de estrógenos e gravidez, entre outros. Não se deve, também, descuidar do suporte psicológico<br />

e social (Mccune, Riskalla, 2002; Wallace, 2002).<br />

O objetivo da terapêutica medicamentosa é, basicamente, reduzir a inflamação dos tecidos afetados<br />

e inibir anormalidades do sist<strong>em</strong>a imunológico. O tratamento medicamentoso é individualizado<br />

e depende dos órgãos ou dos sist<strong>em</strong>as acometidos e da gravidade das lesões. Em pacientes com<br />

comprometimento de múltiplos sist<strong>em</strong>as, o tratamento deverá ser orientado para o mais grave (Sato<br />

et al., 2002). Há consenso de que os dois principais tipos de medicamentos para tratar o lúpus são os<br />

anti-inflamatórios (corticosteróides e agentes não-esteróides) e os antimaláricos. Tais medicamentos<br />

pod<strong>em</strong> provocar efeitos colaterais severos, como o caso dos corticosteróides, os quais reduz<strong>em</strong> a<br />

dor, mas pod<strong>em</strong> ocasionar desde ganho de peso e inchaço, até catarata e mudança de humor. Na<br />

Tabela 1 estão os tipos de drogas indicados para o tratamento do lúpus, sua função e prováveis efeitos<br />

colaterais.<br />

Tabela 1<br />

Tipos de drogas indicadas para o tratamento do lúpus, sua função<br />

e prováveis efeitos colaterais<br />

Tipo de droga Função Prováveis efeitos colaterais<br />

Antiinflamatórios<br />

(corticosteróides)<br />

Ex.: prednisona ou<br />

metilprednisolona<br />

Anti-inflamatórias<br />

(agentes não esteróides)<br />

Ex.: salicilatos<br />

Antimaláricos<br />

Ex.: hidroxicloroquina<br />

Reduzir a inflamação<br />

responsável pelo<br />

desconforto e pela dor.<br />

Reduzir sintomas<br />

gatrointestinais.<br />

Fonte: Adaptado de Klippel e Dubuque (2008)<br />

Surt<strong>em</strong> efeito no<br />

tratamento da artrite<br />

lúpica, inflamações<br />

cutâneas e ulcerações<br />

na boca.<br />

Ganho de peso, inchaço das bochechas,<br />

afinamento da pele e dos cabelos, facilidade<br />

para ferimentos, desconfortos estomacais<br />

como dispepsia ou azia, mudanças de humor,<br />

diabetes, catarata. Aumento do risco de<br />

infecções, danos nos ossos, nas articulações<br />

do quadril, joelhos e outras. Também pod<strong>em</strong><br />

causar osteoporose (afinamento dos ossos) após<br />

longos períodos de uso.<br />

Irritação do estômago ou intestino causando<br />

dor abdominal. Dificilmente leva a úlcera com<br />

sangramento.<br />

Sintomas gástricos (dores no estômago ou<br />

dispepsia), inflamações ou escurecimento da<br />

pele e fraqueza dos músculos.

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