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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Stelko-Pereira . Williams<br />

526<br />

de Souza, de Menezes, de Barbosa, & Cavalcanti, 2009; Pinheiro & Williams, 2009); b) professores<br />

n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre identificar<strong>em</strong> situações de violência na escola e as conseqüências das mesmas (Khoury-<br />

Kassabri, Benbenishty, Astor, & Zeira, 2004); c) educadores n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre ser<strong>em</strong> justos <strong>em</strong> suas atitudes<br />

ou decisões e não confiáveis, segundo os alunos (Schreck et al., 2003; Reid, Peterson, Hughey, &<br />

Garcia-Reid, 2006); d) existência de poucas atividades lúdicas e interessantes ao aluno; e) ausência<br />

do cumprimento das regras da escola, aplicadas efetivamente (Schreck et al., 2003; Reid et al., 2006);<br />

f) pouca valorização dos comportamentos adequados dos alunos (Welsh, 2003), g) crenças por parte<br />

da maior parte dos educadores de que medidas repressivas como “broncas”, suspensões e transferências<br />

são estratégias adequadas para lidar com o comportamento inadequado do aluno (Blaya et al., 2008:<br />

Stelko-Pereira & Padovani, 2008); h) o fato de muitos educadores estar<strong>em</strong> cansados, desmotivados e<br />

crentes de que não pod<strong>em</strong> tomar atitudes diante da violência escolar (Stelko-Pereira & Williams, 2009).<br />

Fatores de proteção: Buscou-se influenciar para que: a) os educadores aumentass<strong>em</strong> a<br />

comunicação com o Conselho Tutelar (de Souza, Teixeira, da Silva, 2003), b) professores utilizar<strong>em</strong><br />

mais frequent<strong>em</strong>ente estratégias para escutar os alunos sobre suas vidas e dificuldades familiares que<br />

esses vivenciam, c) educadores aumentass<strong>em</strong> as situações de supervisão a alunos nos locais da escola<br />

(Welsh, 2003), d) houvesse o desenvolvimento de regras claras e aplicadas pelo corpo de funcionários<br />

como um todo (Schreck et al., 2003; Reid et al., 2006), e) educadores tivess<strong>em</strong> mais estratégias para<br />

lidar com os comportamentos agressivos dos alunos (Blaya et al., 2008); f) educadores estivess<strong>em</strong><br />

mais motivados a criar novas estratégias de ensino e controle de indisciplina (Blaya et al., 2008),<br />

g) educadores executass<strong>em</strong> mais frequent<strong>em</strong>ente atividades atraentes aos alunos, h) educadores<br />

que valorizass<strong>em</strong> os comportamentos adequados dos alunos; i) educadores que utilizass<strong>em</strong> o<br />

mínimo possível e consistent<strong>em</strong>ente advertências orais e a estratégia de retirada de aluno de sala<br />

de aula (Stelko-Pereira & Padovani, 2008), j) professores mais conscientes de sua responsabilidade<br />

e possibilidades de redução de violência escolar (Stelko-Pereira & Williams, 2009). Tais fatores de<br />

risco e de proteção foram elegidos apartir das experiências profissionais dos autores desse texto com<br />

educadores e pelo destaque que tais fatores possu<strong>em</strong> na literatura da área (Blaya et al., 2008).<br />

Público-alvo escolhido: Grupo de professores do Ensino Fundamental do 6º. a 9º. ano e dirigentes<br />

de uma mesma escola pública. Para tanto, planeja-se que os encontros sejam realizados <strong>em</strong> horário<br />

de trabalho (HTPC – Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo), a cada 15 dias, com duração de duas<br />

horas, totalizando 15 encontros, ao longo de um s<strong>em</strong>estre.<br />

Facilitadores para o recrutamento e retenção dos participantes: Todos os participantes ganhariam<br />

um certificado de curso de 30 horas do Laboratório de Análise e Prevenção da Violência, LAPREV,<br />

vinculado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (www.ufscar.<br />

br∕laprev), b<strong>em</strong> como, um certificado de 30 horas da Secretaria de Educação referente ao seu Estado<br />

ou Município, mediante a execução de atividades para ser<strong>em</strong> feitas fora do horário dos encontros.<br />

Objetivo geral: Capacitar professores e gestores a identificar situações de violência na escola<br />

<strong>em</strong> que atuam, b<strong>em</strong> como planejar e executar estratégias adequadas para diminuir tais situações,<br />

sendo essas no ambiente escolar como um todo, nas classes e dirigidas a alunos que estivess<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

situação de risco. Os critérios utilizados para definir o que seriam as estratégias adequadas são: a) as<br />

atuações <strong>em</strong> toda escola dev<strong>em</strong> prever mudanças na estrutura física, nas regras e normas aplicadas,<br />

no sist<strong>em</strong>a de avaliação e organização da rotina; b) as atuações nas classes dev<strong>em</strong> estar <strong>em</strong> acordo<br />

com as especificidades das relações estabelecidas entre os alunos <strong>em</strong> cada turma e c) as atuações<br />

a alunos específicos dev<strong>em</strong> incluir encaminhamentos a outros profissionais (como, psicólogos,<br />

assistentes sociais, conselheiros tutelares, psiquiatras e outros médicos), trabalho conjunto com tais<br />

profissionais (definição de metas para o aluno e meios de ele alcançá-las) e maior articulação com a<br />

família do aluno (conversas por telefones e reuniões presenciais).<br />

Respostas do público-alvo a ser<strong>em</strong> <strong>em</strong>itidas: foram divididas nas seguintes categorias: Avaliar,<br />

Aceitar, Animar, Agir e Acompanhar e encontram-se descritas na Tabela 1. Tais respostas são

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