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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Elaboração de objetivos comportamentais e de intervenção a partir da análise<br />

funcional do comportamento do cliente 1<br />

Alessandra Bonassoli Prado<br />

sanaprado@hotmail.com<br />

alebprado@usp.br<br />

Universidade de São Paulo<br />

Algumas pessoas, ao iniciar<strong>em</strong> a formação de terapeuta analítico-comportamental, imaginam que<br />

a formação oferecerá técnicas rápidas, de alta eficácia, para diferentes probl<strong>em</strong>as psicológicos. Ou<br />

seja, estão preocupadas com uma “pequena parte” do processo psicoterápico – as técnicas que pod<strong>em</strong><br />

ser utilizadas para intervenção. Contudo, a análise do comportamento é orientada por um sist<strong>em</strong>a<br />

amplo de interpretação do comportamento humano, o behaviorismo radical. É este que irá auxiliar<br />

na compreensão e na intervenção de fenômenos complexos, como os que ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> ambientes<br />

clínicos (Tourinho, Neno & Cavalcante, 2001). Deste modo, a “técnica”, enquanto um procedimento<br />

pontual para um determinado momento no processo de intervenção, é a que “menos” peso possui<br />

ao longo de todo o andamento de uma psicoterapia, e pode ser, ou não, de base comportamental.<br />

No início de um processo psicoterapêutico, <strong>em</strong>bora seja possível prever, antes mesmo de conhecer<br />

o cliente, alguns dos seus objetivos, como o “autoconhecimento”, para o cliente, e/ou intervir sob “os<br />

subprodutos do controle que incapacitam o indivíduo ou que são perigosos para o indivíduo e para<br />

os outros”, para o terapeuta (Skinner, 2003, p. 393). A psicoterapia comportamental busca, por meio<br />

da análise do comportamento do cliente, realizar um planejamento único no sentido de especificar<br />

as necessidades daquele indivíduo que se baseiam no processo de aprendizag<strong>em</strong>.<br />

Kerbauy (2001) argumenta, neste sentido, que a Psicologia Comportamental, como um modo de<br />

trabalhar, fundamenta-se “prioritariamente na aprendizag<strong>em</strong>, na preocupação com a metodologia<br />

e na especificação de relações funcionais”, afirmando ainda que “no modelo comportamental é<br />

fundamental o papel de educar, de ensinar repertórios novos”; e “o terapeuta comportamental ensina,<br />

constrói programas para auxiliar a instalação ou a eliminação de comportamentos selecionados” (p.<br />

1-2). Neste sentido, o psicoterapeuta assume o papel de “professor” que auxilia a aprendizag<strong>em</strong> de<br />

novos comportamentos, e sua tarefa é a mudar comportamentos. E como professor ou psicoterapeuta<br />

[e analista do comportamento]...<br />

1 Este texto é parte de monografia apresentada ao Instituto de Psicologia e Hospital Universitário, Universidade de São Paulo, e um<br />

dos requisitos para a obtenção do título de especialista <strong>em</strong> Terapia Comportamental e Cognitiva.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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