13.04.2013 Views

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Rodrigues Jr . Zeglio<br />

552<br />

espasmos musculares voluntários e involuntários (m<strong>em</strong>bros e face). A experiência do orgasmo é<br />

física e subjetiva (Basson & Schultz, 2007) A intensidade, o prazer é variável e depend<strong>em</strong> do contexto,<br />

qualidade e quantidade da estimulação sexual (Redelman,2006).<br />

De acordo com Hartmann (2004), os fatores de risco para a ocorrência de anorgasmia são: estresse;<br />

fatores contextuais e relacionais; experiência sexual anterior; probl<strong>em</strong>as de saúde e saúde mental; e<br />

de acordo com Pauls (2005), os fatores médicos (distúrbios musculares e neurológicos endócrinos,<br />

menopausa, cirurgias e uso de drogas) e fatores psicológicos e relacionais; relacionados à depressão<br />

(Santana et al., 2006), fatores sóciorrelacionais (probl<strong>em</strong>as financeiros e baixa expectativa quanto ao<br />

futuro da relação), sexo infrequente e probl<strong>em</strong>as de saúde (Laumann, 2005); fatores psicorelacionais<br />

(Basson & Schultz, 2007).<br />

Entre os chamados fatores psicossociais t<strong>em</strong>os: falsas crendices, falta de informação, tabus,<br />

religião, estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o des<strong>em</strong>penho sexual, medo de ser<br />

abandonada ou engravidar, experiências traumáticas (inclusive obstétricas), falta de intimidade<br />

com o próprio corpo e/ou com o parceiro, inexperiência, falta de t<strong>em</strong>po ou de um local adequado,<br />

autoexigência exacerbada, envelhecimento, culpa, ansiedade, depressão, tensão corporal, educação<br />

sexual castradora, desinteresse, insatisfação corporal, baixa autoestima, excesso de contenção,<br />

dificuldade do cotidiano e dificuldade de estar inteira, tranquila e à vontade no contato com o outro<br />

no momento da relação sexual (Basson & Schultz, 2007).<br />

Psicodiagnóstico sexológico<br />

A avaliação psicossexológica implica uma entrevista que investigue a história sexual da paciente/<br />

cliente, com <strong>foco</strong> no probl<strong>em</strong>a sexual, nas l<strong>em</strong>branças e percepções que a paciente/cliente t<strong>em</strong> do<br />

inicio do probl<strong>em</strong>a e como pode descrever e perceber o desenvolvimento. Focar<strong>em</strong>os a atenção<br />

sobre os últimos episódios sexuais, a última ocorrência do probl<strong>em</strong>a, onde e com qu<strong>em</strong> foi, como<br />

se sentiu e o que ocorreu <strong>em</strong> seguida, são questionamentos importantes a ser<strong>em</strong> inseridos nesta<br />

consulta avaliatória. Outros fatores influentes precisam ser conhecidos. Dentre os mais supostos<br />

são a família e a religião. Fatores facilitadores de b<strong>em</strong>-estar que possam contrapor-se ao probl<strong>em</strong>a<br />

sexual precisam ser conhecidos: lazer, hobby, atividades esportivas e físicas, vida social e familiar.<br />

Compl<strong>em</strong>entarmente à entrevista, o uso de questionários ou testes psicológicos autoadministrados<br />

ajudam obter informações sobre psicopatologias, a ex<strong>em</strong>plo do MMPI, que contém uma subescala<br />

relacionada à masculinidade/f<strong>em</strong>inilidade. Testes <strong>em</strong> língua inglesa são comuns e de uso amplo.<br />

Questionários e testes psicológicos <strong>em</strong> língua portuguesa, validados e de uso prático <strong>em</strong> clínica, n<strong>em</strong><br />

s<strong>em</strong>pre são de fácil acesso fácil aos sexólogos.<br />

Entre os profissionais médicos, nos preocupa que os questionários não sejam aplicados de modo<br />

inadequado. Principalmente após o uso, <strong>em</strong> larga escala, da avaliação de disfunção erétil, no final da<br />

década de 1990, <strong>em</strong> virtude dos estudos sobre uso de medicamentos para aquela disfunção, como<br />

parte de protocolo de pesquisa dos laboratórios.<br />

A coleta de dados objetivos de pacientes sobre sua sexualidade e circunstâncias disfuncionais t<strong>em</strong><br />

sido proposta através do uso de questionários especiais.<br />

Conhecer um paciente e seu probl<strong>em</strong>a sexual exige alguma atenção qualificada. Após uma<br />

entrevista psicossexológica orientada para a queixa sexual e o histórico de vida sexual da pessoa, é<br />

preciso pensar o que mais pode estar envolvido no probl<strong>em</strong>a sexual.<br />

Entrevistar a parceria sexual buscando reconhecer o histórico sexual nos auxilia a conhecer os<br />

compl<strong>em</strong>entos do probl<strong>em</strong>a. Necessário l<strong>em</strong>brar que uma visão de mundo e uma base teórica<br />

específica conduz<strong>em</strong> a determinadas compreensões diagnósticas. Conhecer as características de<br />

personalidade pode ser muito importante.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!