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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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objetivo de a Participante II monitorar a <strong>em</strong>issão de comportamentos-probl<strong>em</strong>a do Participante I <strong>em</strong><br />

seu ambiente natural. Foi ainda utilizado um aparelho MP4, para gravar as sessões.<br />

Procedimento<br />

Participante I – Os atendimentos foram feitos duas vezes por s<strong>em</strong>ana, com 50 minutos cada. No<br />

decorrer de todo processo terapêutico foram realizadas cinco fases: Linha de base, Intervenção I,<br />

Avaliação pós-férias, Intervenção II e Avaliação Final.<br />

Linha de base – Essa primeira fase ocorreu entre a 1ª e 3ª sessão. A 1ª sessão objetivou observação<br />

o padrão comportamental global do Participante I. Nela ocorreu o rapport, na busca de informações<br />

sobre as queixas e d<strong>em</strong>andas do Participante I.<br />

Na 2ª e 3ª sessões foram estabelecidos diálogos com o Participante I, para a obtenção de informações<br />

sobre seus comportamentos-probl<strong>em</strong>a e sua história de vida. A partir dessas sessões foram feitas<br />

observações diretas dos comportamentos do Participante I. João, nos atendimentos realizados,<br />

apresentava-se vestido corretamente e com boa aparência visual. Ao início das sessões, o terapeuta<br />

estabelecia diálogos com o Participante I que tinham t<strong>em</strong>áticas específicas, com a finalidade de<br />

conhecer e avaliar o repertório verbal do Participante I. João, <strong>em</strong> relação às t<strong>em</strong>áticas abordadas,<br />

passava a apresentar falas com pouca coerência ao assunto. Os dados obtidos com essa atividade<br />

foram limitados. Dessa forma, houve a necessidade de buscar ampliá-los com a Participante II, a qual<br />

participou separadamente de 10 sessões, descritas à frente. Tal resultado possibilitou delinear um<br />

programa de intervenção, o qual foi aplicado quando da intervenção I: Estabelecimento de Regras<br />

(Marcon & Bueno, 2007), Economia de Fichas (Patterson, 1996/2008), e THS (Caballo, 2003). Na<br />

fase de intervenção II deu-se continuidade aos THS’s.<br />

Intervenção I<br />

Segunda fase ocorrida da 4ª à 9ª sessões, baseada pelos dados coletados nas linhas de base do<br />

Participante I e da Participante II.<br />

Estabelecimento de regras e economia de fichas – Essa intervenção ocorreu da 4ª a 6ª sessões,<br />

com a finalidade de favorecer a qualidade do processo terapêutico e promover uma melhor relação<br />

terapêutica, visto que o Participante I <strong>em</strong>itia, com alta frequência, comportamentos incompatíveis<br />

aos t<strong>em</strong>as abordados <strong>em</strong> sessão, tais como: tentar tocar as genitálias do terapeuta, levantar-se no<br />

meio de uma atividade para ir ao banheiro esvaziar a bexiga e deixar objetos desarrumados <strong>em</strong><br />

cima da mesa, ao término de uma atividade. Para favorecer a qualidade das atividades terapêuticas,<br />

estabeleceu-se então, sobre as três atitudes do Participante I, o consenso para a criação de regras,<br />

com a finalidade de controlar tais repertórios. Para que isso fosse possível, foram estabelecidos dois<br />

grupos de regras: Grupo 1 – O que pode ser feito no consultório; Grupo 2 – O que não pode ser feito<br />

no consultório. Tais regras foram descritas <strong>em</strong> uma folha de papel A4, conforme Tabela 1, e colocadas<br />

na parede do consultório, ao lado da mesa de atividades. Em todo início de sessão, as regras eram<br />

rel<strong>em</strong>bradas e, a partir de então, dava-se o início à atividade estabelecida para a sessão do dia.<br />

Diante da <strong>em</strong>issão de comportamentos compatíveis às regras, dois tipos de reforçadores seriam<br />

utilizados. O primeiro tipo utilizado foram elogios verbais, tais como: ‘Muito b<strong>em</strong>!’; ‘Parabéns por<br />

ter apresentado esse comportamento!’; ‘Esse seu comportamento foi muito assertivo. Parabéns!’. O<br />

segundo tipo de reforçadores utilizados foram tokens.<br />

Num primeiro momento, foi dito a João que seriam usados tokens como forma de pr<strong>em</strong>iá-lo,<br />

caso houvesse obediência aos grupos de regras estabelecidas. A pr<strong>em</strong>iação pela obediência às regras<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Nogueira . Bueno<br />

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