13.04.2013 Views

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Alves . Oliveira<br />

40<br />

respeito e s<strong>em</strong> preconceitos. Partindo desse pressuposto, a função do psicólogo, além do intuito<br />

de inserir um deficiente no mercado de trabalho, é também de auxiliar, orientar e estimular os<br />

funcionários da <strong>em</strong>presa a um convívio agradável e s<strong>em</strong> preconceitos.<br />

O psicólogo no processo de inclusão<br />

Os psicólogos são frequent<strong>em</strong>ente chamados para lidar com probl<strong>em</strong>as de comportamento que<br />

aflig<strong>em</strong> a família e a comunidade. Conforme Glat (1999), o papel que a Psicologia t<strong>em</strong> assumido<br />

na área da educação especial t<strong>em</strong> se limitado às equipes de avaliação e triag<strong>em</strong> das Secretarias<br />

de Educação e instituições especializadas. Em outras palavras, t<strong>em</strong> sido considerada função do<br />

psicólogo avaliar e encaminhar essas crianças diagnosticadas como deficiente intelectual para as<br />

escolas e classes especiais. Sob este ponto de vista, o papel do psicólogo no atendimento a crianças<br />

com qualquer tipo de deficiência se amplia, podendo atuar <strong>em</strong> diversas condições: trabalhar<br />

diretamente com o comportamento do deficiente intelectual, ou orientar a família do mesmo e os<br />

professores que o acompanham na escola, assim como os d<strong>em</strong>ais profissionais envolvidos, no sentido<br />

de ensinar comportamentos adaptativos e habilidades que falt<strong>em</strong> <strong>em</strong> seu repertório e dificultam o<br />

seu desenvolvimento e sua independência. Os comportamentos vão desde atividades corriqueiras, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, comer sozinho e se vestir, até habilidades essenciais à vida independente na sociedade, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, tomar condução, fazer compras, usar telefone etc. Esses comportamentos dev<strong>em</strong> ser ensinados<br />

ao indivíduo com deficiência intelectual, tanto pelos psicólogos quanto pelos professores e pais.<br />

Segundo Reis e Marques (2002), o psicólogo t<strong>em</strong> como função avaliar e intervir no sentido de<br />

auxiliar na resolução dos probl<strong>em</strong>as comportamentais enfrentados pelas famílias, para ajudar<br />

pessoas com deficiências como a Síndrome de Down. O psicólogo deve trabalhar com as famílias<br />

sentimentos de rejeição, as culpas, os medos, os ressentimentos, a incerteza, a ansiedade, o estresse e os<br />

comportamentos assertivos. E também esclarecer e informar as famílias quanto a sua importância no<br />

processo de desenvolvimento do m<strong>em</strong>bro <strong>em</strong> questão. Outra atribuição do psicólogo é acompanhar<br />

as famílias de forma que elas busqu<strong>em</strong> soluções e definam suas próprias escolhas. O psicólogo pode<br />

oferecer troca de experiências entre famílias formando um grupo com o mesmo objetivo, afim de que<br />

haja o crescimento de seus m<strong>em</strong>bros.<br />

Já Amiralian (1997) argumenta que terapeutas precisam, também, conhecer as implicações<br />

que a deficiência congênita, física ou intelectual, trará para o desenvolvimento e ajustamento de<br />

uma criança que, já ao nascer, apresenta uma condição diferente. Precisa, além disso, conhecer as<br />

implicações de uma perda para a pessoa <strong>em</strong> suas relações sociais e ajustamento pessoal daqueles<br />

que por diferentes razões vieram a adquirir uma deficiência. Esse conhecimento pressupõe a<br />

compreensão das limitações funcionais impostas pelas deficiências e das condições afetivas ou<br />

<strong>em</strong>ocionais que as acompanham.<br />

De acordo com Reis e Marques (2002), o psicólogo t<strong>em</strong> como função acolher as necessidades das<br />

famílias <strong>em</strong> relação aos probl<strong>em</strong>as <strong>em</strong>ocionais (desabafos, questionamentos) e estruturais, b<strong>em</strong> como<br />

orientar e fornecer informações a respeito da extensão da probl<strong>em</strong>ática enfrentada pelas famílias e<br />

seus filhos.<br />

Também é tarefa do psicólogo levar aos pais informações de programas de orientação, de acordo<br />

com as necessidades de cada família, introduzindo informação e esclarecimento sobre as dificuldades<br />

específicas da criança com desenvolvimento atípico que possam surgir no seio da família após o<br />

nascimento da criança com probl<strong>em</strong>as especiais. Muitas vezes, os pais não sab<strong>em</strong> o que fazer. Ao<br />

trabalhar as dificuldades de interagir normalmente com a criança, o psicólogo também trabalha a<br />

desestruturação familiar que pode ocorrer após o diagnóstico médico.<br />

Dessa forma, ao promover o desenvolvimento e melhorar o des<strong>em</strong>penho das funções de suporte,<br />

ele estimula as potencialidades da família para que se torne agente do desenvolvimento de seus filhos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!