13.04.2013 Views

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

de crianças e pré-adolescentes, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados<br />

Unidos desenvolveu curvas que são os padrões de referência mais utilizados para gênero-específico<br />

entre idades de 2 a 19 anos. Esses critérios permit<strong>em</strong> definir que crianças com o percentil acima<br />

de 95 são classificadas com obesidade e as que se situam entre os percentis 85-95 são ditas com<br />

sobrepeso (Halpern & Rodrigues, 2006). Deste modo, o cálculo do IMC, somente, não é suficiente<br />

para o diagnóstico de sobrepeso ou obesidade <strong>em</strong> crianças, já que a interpretação difere de acordo<br />

com o sexo e a idade. Por ex<strong>em</strong>plo, uma criança abaixo de 10 anos com IMC igual ou superior a 20<br />

já seria classificada como uma criança com sobrepeso.<br />

Caso o IMC do participante avaliado fosse classificado, de acordo com o critério acima mencionado,<br />

como sobrepeso ou obesidade, este era selecionado para participar do estudo e submetido à aplicação<br />

do questionário. A inclusão dos participantes ocorreu após a autorização formal dos pais que leram,<br />

preencheram e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido e o consentimento de<br />

participação da pessoa.<br />

Material<br />

Os materiais e equipamentos utilizados foram: diferentes tipos de balanças encontradas nos<br />

diversos ambientes onde foram coletados os dados; fita métrica ou trena de 2 metros; calculadora; e<br />

os termos de consentimento livre e esclarecido e de participação da pessoa.<br />

Três questionários foram utilizados para coleta de dados junto às crianças e pré-adolescentes. O<br />

primeiro questionário avaliou os motivos que os participantes julgaram ser as causas de seu excesso<br />

de peso; o segundo questionário avaliou o que os participantes achavam que eles deveriam fazer para<br />

perder peso; e o terceiro avaliou o que eles já fizeram para <strong>em</strong>agrecer. Cada questionário apresentou<br />

cinco questões fechadas e uma aberta. Cada questão fechada fez referência a uma possível categoria<br />

causal e apresentou sete alternativas de escolha aos participantes. As categorias avaliadas foram:<br />

causas nutricionais, causas psicológicas/<strong>em</strong>ocionais, causas relacionadas a exercícios físicos, causas<br />

biológicas e causas sociais. Os questionários sobre o que os participantes deveriam fazer e o que já<br />

fizeram para perder peso apresentaram ainda uma questão fechada avaliando que tipo de profissional<br />

(nutricionista, psicólogo, médico ou personal trainer) eles já procuraram ou deveriam procurar para<br />

<strong>em</strong>agrecer. Nos outros dois questionários foram usadas as mesmas questões, apenas com a gramática<br />

alterada para avaliar o que deveria fazer e o que já foi feito para resolver seu probl<strong>em</strong>a de peso. Assim,<br />

foi possível comparar essas três variáveis – causas, mudanças necessárias e mudanças realizadas – e<br />

verificar a correspondência entre elas. No questionário sobre “dever” e “já realizado” foi acrescentada<br />

ainda uma questão aberta para investigar se eles já tinham procurado alguma ajuda profissional.<br />

Os questionários foram construídos com base no trabalho previamente realizado por Santos, Neves<br />

e Pires (2009) e conforme proposto por Coolican (2004) como metodologia para a construção de<br />

categorias e observação de comportamentos.<br />

Procedimento<br />

Antes da aplicação dos questionários, os cuidadores/responsáveis das crianças e pré-adolescentes<br />

receberam o termo de consentimento livre e esclarecido e o termo de consentimento de participação.<br />

Os documentos continham cláusulas sobre o sigilo das informações, a garantia do anonimato do<br />

participante que permitia a divulgação dos resultados do estudo <strong>em</strong> revistas e eventos científicos,<br />

além da autorização formal dos pais/responsáveis que permitiam a participação das crianças/préadolescentes<br />

no experimento. Após a assinatura, procedeu-se à pesag<strong>em</strong> e à medição da altura dessas<br />

crianças e posteriormente calculou-se o IMC.<br />

Os questionários foram respondidos oralmente pelos participantes e suas respostas, registradas<br />

pelo experimentador.<br />

Neves . Santos . Araújo . Borges . Quinta . Martins<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

459

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!