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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Balbi Neto . Rafalski . Garcia<br />

62<br />

Para Del Prette e Del Prette (2001b), como visto anteriormente, habilidades sociais e competência<br />

social não são equivalentes, mas são el<strong>em</strong>entos que compõ<strong>em</strong> os estudos da área de conhecimento<br />

denominada Habilidades Sociais. Dentro desse contexto teórico, <strong>em</strong> 2001, Del Prette e Del Prette<br />

publicam o Inventário de Habilidades Sociais (IHS) que é instrumento deste trabalho.<br />

Estudos <strong>em</strong> Habilidades Sociais<br />

No Brasil, exist<strong>em</strong> diversos estudos sobre Habilidades Sociais com populações de pacientes e nãopacientes.<br />

As pesquisas com populações de pacientes foram realizadas principalmente por Bandeira,<br />

investigando competência social de psicóticos (Bandeira, Barroso, Reis, Gaspar e Silva, 2004; Bandeira,<br />

Machado, Barroso, Gaspar e Silva, 2003; Bandeira e Ireno, 2002; Bandeira, Machado e Pereira, 2002;<br />

Bandeira, 1999a, 1999b; Bandeira, Cardoso, Fernandes, Resende e Santos, 1998). Ainda tratando da<br />

população de pacientes, Wagner e Oliveira (2009) estudaram habilidades sociais <strong>em</strong> adolescentes<br />

usuários de maconha, com o uso do IHS. Além destas pesquisas, exist<strong>em</strong> trabalhos teóricos sobre<br />

transtorno obsessivo-compulsivo (Mitsi, Silveira e Costa, 2004) e fobia social (Angélico, Crippa e<br />

Loureiro, 2006), e habilidades sociais.<br />

Em população de não-pacientes, exist<strong>em</strong> trabalhos na investigação de habilidades sociais<br />

específicas, como habilidades sociais educativas (por ex<strong>em</strong>plo, Bolsoni-Silva e Marturano, 2007;<br />

Bolsoni-Silva, Salina-Brandão, Versuti-Stoque, Rosin-Pinola e A. R., 2008), habilidades sociais <strong>em</strong><br />

crianças (por ex<strong>em</strong>plo, Gonçalves e Murta, 2008), e habilidades sociais conjugais (por ex<strong>em</strong>plo,<br />

Del Prette, Villa, Freitas e Del Prette, 2008). Além disso, esta área de conhecimento também t<strong>em</strong><br />

se dedicado à pesquisa de habilidades sociais de um modo geral, e a grande maioria dos estudos<br />

é desenvolvida com universitários, como estudado por Bartholomeu, Nunes e Machado (2008);<br />

Bandeira e Quaglia (2005); Villas Boas, Silveira e Bolsoni-Silva (2005); Oliveira e Duarte (2004);<br />

Del Prette e cols. (2004); Del Prette e Del Prette (2003); Furtado, Falcone e Clark (2003), Magalhães<br />

e Murta (2003); Bueno, Oliveira ee Oliveira (2001), Bandeira, Costa, Del Prette e Gerk-Carneiro<br />

(2000), Falcone (1999).<br />

Inicialmente, a fim de compreender o panorama das pesquisas sobre Habilidades Sociais gerais<br />

com universitários e seus instrumentos, os trabalhos já citados serão brev<strong>em</strong>ente apresentados.<br />

Bueno, Oliveira e Oliveira (2001) e Bartholomeu, Nunes e Machado (2008) investigaram <strong>em</strong><br />

universitários a correlação entre habilidades sociais e traços de personalidade relacionados aos Cinco<br />

Grandes Fatores1 , sendo que o último trabalho utilizou o IHS como instrumento. Bandeira e Quaglia<br />

(2005) identificaram, por meio de questionário aberto, situações sociais agradáveis e desagradáveis<br />

<strong>em</strong> universitários. Villas Boas, Silveira e Bolsoni-Silva (2005) verificou os efeitos de um treino <strong>em</strong><br />

Habilidades Sociais <strong>em</strong> universitários com o uso do IHS. Oliveira e Duarte (2004) verificaram os<br />

efeitos de uma intervenção comportamental para reduzir a ansiedade excessiva <strong>em</strong> universitários<br />

durante exposições orais, utilizando como instrumentos a Escala de Medo de Avaliação Negativa<br />

(Fearof Negative Evaluation-FNE) e o Inventário de Ansiedade Traço e Estado (IDATE-T e IDATE-E).<br />

Del Prette e cols. (2004) realizaram uma investigação que é de nosso especial interesse, pois<br />

caracterizou o repertório de habilidades sociais de estudantes de Psicologia com amostras de<br />

quatro cidades de diferentes estados brasileiros (MG, BA, SP e RJ) com o uso do IHS. Os resultados<br />

apontaram que os participantes apresentaram escores mais elevados que os da amostra normativa <strong>em</strong><br />

quatro escores do IHS e reduzidos <strong>em</strong> dois, e apesar disso, as diferenças entre sexo acompanharam<br />

os padrões normativos. O estudo mostrou também que as amostras dos estados apresentaram perfis<br />

s<strong>em</strong>elhantes para dois fatores, todavia houve diferenças da norma: 1) a amostra do RJ apresentou<br />

1 A Teoria dos Cinco Grandes Fatores é uma teoria psicométrica metalistas que tenta explicar as repostas de um organismo por<br />

meio de traços de personalidade. Em termos comportamentais trata-se de tatos de padrões de respostas percebíveis pelo falante, e<br />

não de unidades funcionais (comportamentos).

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