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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Segundo Skinner (1953/1998), “quando diz<strong>em</strong>os que o comportamento é função do ambiente,<br />

o termo ‘ambiente’ presumivelmente significa qualquer evento no universo capaz de afetar o<br />

organismo. Mas parte do organismo está encerrada dentro da própria pele de cada um” (p. 281).<br />

Os comportamentos privados são ações do organismo que foram adquiridas de forma pública e<br />

se manifestam de forma privada após a sua aquisição. Referindo-se tanto a estímulos como a<br />

comportamentos que ocorr<strong>em</strong> de forma encoberta, os eventos privados não são possíveis à observação<br />

direta (Silva, 2000). Dessa forma, os comportamentos encobertos de sentir e pensar expressariam<br />

os sentimentos e pensamentos dos indivíduos com câncer, a importância desses comportamentos<br />

privados <strong>em</strong> relação ao desenvolvimento da doença e até mesmo no enfrentamento desta. Considerase<br />

que esses comportamentos pod<strong>em</strong> ser modificados na busca pela melhora da qualidade de vida do<br />

sujeito portador da doença e do sujeito que busca a prevenção.<br />

Constatado que a precariedade de informação sobre o assunto acarreta barreiras psicológicas, o<br />

objetivo deste estudo foi investigar por meio do relato verbal a existência de conteúdos recorrentes<br />

(que se repet<strong>em</strong> com consistência) que possam permitir posterior análise sobre a presença de<br />

contingências comuns no desenvolvimento do repertório comportamental de pessoas com câncer.<br />

Em acréscimo, os conteúdos foram avaliados nas fases de tratamento, pós-tratamento e terminal do<br />

câncer. Esta proposta de estudo visa uma colaboração no que se refere a contribuições cabíveis, ou<br />

seja, a partir dos dados obtidos, tornar-se-á possível o planejamento de intervenções que contribuam<br />

para a melhoria da qualidade de vida de pacientes oncológicos, e até para o não desenvolvimento da<br />

doença, atuando então como prevenção primária.<br />

Método<br />

Participantes<br />

Dez pacientes oncológicos, que se encontram nas seguintes fases de tratamento: pós-tratamento,<br />

tratamento e fase terminal, com idades <strong>em</strong> torno de 35 a 55 anos, englobando um nível socioeconômico<br />

diversificado. Todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A<br />

pesquisa foi encaminhada e aprovada pelo Comitê de ética sob o protocolo número 112/06 CEP/ICS/<br />

UNIP. A Tabela 1 descreve os participantes.<br />

Local<br />

A instituição selecionada foi a Associação Voluntária do Câncer de Assis, que compreende 670<br />

pacientes assistidos. Mantida através de doações, a entidade realiza atividades como doações de<br />

cestas básicas e r<strong>em</strong>édios, b<strong>em</strong> como visitas domiciliares e na ala de oncologia do Hospital Regional<br />

de Assis.<br />

Material<br />

Foi utilizado um roteiro de entrevista s<strong>em</strong>iestruturado, com questões que abordavam o diagnóstico,<br />

história e qualidade de vida.<br />

Procedimento<br />

Em um total de 670 pacientes oncológicos que freqüentam a Associação Voluntária do Câncer de<br />

Assis-SP, dez pessoas aceitaram o convite para participar da pesquisa por indicação da presidência<br />

da instituição. Esses participantes foram contatados e receberam todas as informações cabíveis da<br />

pesquisa, aceitaram participar da mesma e assinaram o termo de consentimento. As entrevistas<br />

foram realizadas, por escolha dos participantes, nas suas respectivas residências.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Ferreira . Fornazari . Silva<br />

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