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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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detalhadas no Manual do aplicador, <strong>em</strong> processo de desenvolvimento de modo a favorecer a aplicação<br />

do programa com base <strong>em</strong> tais objetivos de mudança.<br />

Processo pelo qual as mudanças ocorr<strong>em</strong>: O programa baseia-se na abordag<strong>em</strong> comportamental,<br />

de modo que o aplicador do programa descrevia aos participantes as prováveis contingências<br />

mantenedoras dos comportamentos inadequados dos alunos, de forma que tais descrições<br />

serviss<strong>em</strong> como estímulo discriminativo para que o educador variasse suas respostas, aumentasse<br />

a frequencia do comportamento de elogiar alunos e ignorasse respostas inadequadas dos alunos,<br />

quando apropriado. Esperava-se que tal variação nas respostas do educador produzisse extinção das<br />

respostas inadequadas dos alunos ou a <strong>em</strong>issão de respostas concorrentes adequadas pelos alunos.<br />

Assim, a resposta do educador de variar seus comportamentos a partir de estímulos promovidos<br />

pelo programa seria reforçada naturalmente no contexto escolar e, caso descrita para o pesquisador<br />

ou outros professores, fosse também reforçada artificialmente por esses, por meio de reforçadores<br />

sociais importantes, como elogios, atenção, contato afetivo. Adicionalmente, o programa pretendia<br />

fornecer regras para o educador executar atividades extra-encontros do programa, de modo a<br />

receber informações dos alunos, como suas preferências, sugestões, entre outras, que pudess<strong>em</strong><br />

servir como estímulos discriminativos para o educador <strong>em</strong>itir respostas que teriam maior chance de<br />

ser<strong>em</strong> reforçadas positivamente ou negativamente pelos alunos, seja por meio de uma aproximação<br />

afetiva dos alunos <strong>em</strong> relação aos educadores, maior d<strong>em</strong>onstração de interesse desses pela<br />

matéria, diminuição de conversas enquanto o educador explicasse, dentre outros. Uma descrição<br />

pormenorizada sobre esse processo é detalhada no Manual do Aplicador, <strong>em</strong> fase de elaboração.<br />

Instrumentos de avaliação: São aplicados instrumentos para verificar tais mudanças de<br />

comportamento e obter informações que pod<strong>em</strong> subsidiar aprimoramentos nos encontros do<br />

programa, de acordo com a realidade específica de cada escol, e servir para melhorias <strong>em</strong> aplicações<br />

futuras do programa <strong>em</strong> outras escolas. Os instrumentos escolhidos foram subdividos <strong>em</strong> duas<br />

categorias: a) instrumentos de pré-teste, pós-teste e follow-up após 8 meses e b) instrumentos<br />

de acompanhamento.<br />

Os instrumentos de pré-teste, pós-teste e follow up se voltaram a avaliar o estresse do educador<br />

relacionado ao trabalho (Escala de Vulnerabilidade de Estresse no Trabalho, EVENT, Sisto, Baptista,<br />

Noronha, & Santos, 2007) e avaliar a ausência de saúde mental do mesmo (Questionário de Saúde<br />

Geral de Goldberg, QSG, Gouveia, Pasqualli, Andriola, Miranda, & Ramos, 1996), variáveis que<br />

foram associadas pela literatura com situações de violência escolar; avaliar a prevalência e gravidade<br />

das situações de violência escolar de acordo com professores, alunos e dirigentes (Questionário de<br />

Investigação de Prevalência de Violência Escolar – versão estudantes e professores, QIPVE, Stelko-<br />

Pereira, 2008, Stelko-Pereira, Williams, & Freitas, 2010); mensurar algumas das habilidades sociais<br />

do educador as quais também já foram relacionadas com a capacidade de ensinar e se relacionar com<br />

os alunos (Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del Prette, 2006); avaliar o engajamento escolar e<br />

sintomas depressivos dos alunos, os quais foram também associados a situações de violência escolar<br />

(Inventário de Depressão Infantil, CDI, Gouveia, Barbosa, Almeida, & Gaião, 1995).<br />

Os instrumentos de acompanhamento diz<strong>em</strong> respeito a uma folha de registro s<strong>em</strong>anal, uma<br />

avaliação de cada encontro e diário de campo. Na folha de registro os professores respondiam a<br />

perguntas fechadas como fora a interação com os alunos (se deram advertências, se comunicaram<br />

aos pais sobre comportamentos inadequados de seus filhos, se promover<strong>em</strong> atividades para os alunos<br />

relatar<strong>em</strong> experiências de vida, etc.) e se test<strong>em</strong>unharam situações de violência entre os alunos. Na<br />

avaliação de cada encontro, por meio de perguntas fechadas, mede-se a satisfação dos participantes<br />

quanto aos conteúdos abordados, materiais utilizados, interação entre participantes e participantespesquisador.<br />

O diário de campo englobou anotações por parte dos pesquisadores <strong>em</strong> situações de<br />

observação de salas de aula, corredores e encontros b<strong>em</strong> como conversas individuais e informais<br />

com educadores.<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Stelko-Pereira . Williams<br />

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