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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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AF<br />

Ocorreu entre a 20ª e 21ª sessões. Nela houve a reaplicação do IEP e BAI (20ª sessão), feedback oral<br />

das PMs (21ª sessão) e análise dos resultados obtidos.<br />

Grupo 2<br />

Foram realizadas com as PFs uma sessão s<strong>em</strong>anal com duração de 90 minutos cada, totalizando 19<br />

sessões. O procedimento foi constituído por 3 fases: LB, I e AF.<br />

LB<br />

Ocorreu entre a 1ª e a 4ª sessões. Nesse primeiro momento foi estabelecido o rapport com as<br />

crianças. Cada uma se apresentou ao grupo dizendo: a) nome; b) nome da mãe; e c) qual série escolar<br />

cursava. Então, foi descrito como funcionaria o grupo e as atividades que seriam realizadas. Para<br />

firmar o contrato terapêutico foi dada a seguinte instrução: qu<strong>em</strong> aceitasse tudo o que havia sido<br />

dito, que pusesse o dedo na palma da mão da terapeuta. Na 2ª sessão, com o objetivo de conhecer<br />

o contexto familiar, foi pedido às PFs que desenhass<strong>em</strong> suas famílias; ao término, buscou-se a<br />

identificação do familiar desenhado e o grau de parentesco com as PFs. A 3ª sessão foi feita com<br />

o objetivo de observar a interação, iniciativa, organização e liderança das crianças. Para isso, foi<br />

solicitado que as PFs escolhess<strong>em</strong> entre as brincadeiras e jogos propostos os que foss<strong>em</strong> de seu<br />

desejo, para aquele momento.<br />

I – Essa fase ocorreu entre a 4ª e 18ª sessões, tendo sido delineado com os dados coletados na LB e<br />

observando as queixas trazidas pelas PMs.<br />

A 4ª sessão foi utilizada para a criação de regras a ser<strong>em</strong> aplicadas no setting terapêutico pelas<br />

PFs, com a finalidade de organizar a rotina das sessões. Essa atividade objetivou treinar limites,<br />

b<strong>em</strong> como respeito às convenções sociais, <strong>em</strong> função das queixas das PMs sobre a alta frequência<br />

de comportamentos-probl<strong>em</strong>as das PFs, tais como: oposição à autoridade familiar e escolar,<br />

birra, inversão de papéis e hostilidades verbais. Cada PF pode apresentar quantas regras julgasse<br />

necessárias para a boa qualidade da relação terapêutica desse grupo. Então, foram apontadas: (1)<br />

tratar a coleguinha com respeito (pedindo licença, me desculpe, por favor, obrigada); (2) chegar no<br />

horário correto (16h30); (3) ficar atenta quando o outro falar; (4) manter-se no local da atividade; (5)<br />

cumprir as atividades programadas; (6) quando quiser falar, erguer o dedinho ou esperar a coleguinha<br />

terminar sua fala; (7) antes de pegar o brinquedo, pedir permissão; (8) pegar um brinquedo por<br />

vez; (9) antes de pegar outro brinquedo, guardar o anterior; (10) quando desejar o brinquedo que a<br />

coleguinha estiver brincando, aguardar sua liberação; e (11) ir beber água ou ir ao banheiro só após<br />

a permissão (Clark, 2005/2009; Skinner, 1969/1984).<br />

Implantando as regras no setting terapêutico<br />

Na 5ª sessão foi construído um cartaz com todas as regras definidas na sessão anterior. O mesmo<br />

foi afixado <strong>em</strong> um mural do consultório. No início dos encontros as regras eram lidas. Para: a) cada<br />

regra cumprida, uma carinha alegre era afixada no cartaz <strong>em</strong> frente ao nome da PF que a havia<br />

cumprido; b) quando descumprida, o mesmo procedimento era feito, porém com uma carinha<br />

triste; c) quando apenas uma das PFs cumpria todas as regras, era reforçada com alguma guloseima<br />

previamente definida; d) nos 10 minutos finais da sessão, as próprias PFs relatavam se tinham<br />

cumprido todas as regras ou não. Se cumpridas, poderiam brincar com algum jogo desejado, entre os<br />

disponibilizados no setting (Clark, 2005/2009; Skinner, 1969/1984). Para incentivar o cumprimento<br />

da primeira regra estabelecida, entre a 6ª e 13ª sessões foi trabalhada a importância do uso das<br />

palavras mágicas: “por favor,” “obrigada”, “com licença”, “tudo b<strong>em</strong>?”, “pode passar”, “desculpe-me”,<br />

“olá”, “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, com o objetivo de proporcionar melhor relação interpessoal.<br />

L<strong>em</strong>es . G. Nolêto Bueno . L. Nolêto Bueno<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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