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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Método<br />

Participantes: Participaram da pesquisa seis clientes e seis terapeutas estagiários do CENFOR,<br />

que concordaram por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE a<br />

participar voluntariamente da pesquisa. Os participantes foram selecionados de forma aleatória entre<br />

os clientes e estagiários-terapeutas dos projetos de Clínica Comportamental Adulto e Adolescente<br />

do Serviço de Psicologia do Centro de Formação Profissional do Centro Universitário de Brasília –<br />

UniCEUB, Brasília.<br />

Local: As sessões de psicoterapia e de análise de dados ocorriam no Serviço de Psicologia do Centro<br />

de Formação Profissional – CENFOR, no Setor Comercial Sul. Foram utilizados os consultórios do<br />

local, de 4m x 3m, que possu<strong>em</strong> isolamento acústico, ar-condicionado, duas poltronas, uma para o<br />

cliente e outra para o terapeuta, uma mesa de apoio e uma cadeira.<br />

Instrumentos/Materiais/Equipamentos: Foram utilizados dois TCLE’s, um para o estagiárioterapeuta<br />

e o outro para o cliente, papel, protocolo de registro, caneta, microcomputador portátil e<br />

gravador de voz digital MP3.<br />

Procedimentos: Foram gravadas <strong>em</strong> áudio digital três sessões de cada cliente. As mesmas foram<br />

analisadas registrando-se as regras <strong>em</strong>itidas pelo terapeuta estagiário e as regras <strong>em</strong>itidas pelo<br />

próprio cliente, ou seja, autorregras, sendo que estas foram dividas <strong>em</strong> duas categorias: autorregras<br />

formuladas durante o processo terapêutico e autorregras que o cliente já havia elaborado no período<br />

anterior à terapia. As três categorias de regras, regras, autorregras do cliente formuladas antes da<br />

terapia e autorregras <strong>em</strong>itidas durante a terapia, foram operacionalizadas pelos pesquisadores, que<br />

ouviram os relatos por meio de dispositivos de áudio digitais, de modo a possibilitar o registro. Os<br />

relatos de cinco sessões posteriores às sessões gravadas foram analisados de modo a verificar quais<br />

tipos de regras o cliente seguiu ao longo da terapia, e assim tentar estabelecer uma relação entre o<br />

seguimento das regras <strong>em</strong>itidas pelo terapeuta ou pelo próprio cliente. Os relatos de sessão eram<br />

feitos pelo terapeuta estagiário após cada sessão. Com base nesses relatos, os alunos estagiários eram<br />

supervisionados pelo professor supervisor.<br />

As regras foram definidas para o estudo como <strong>em</strong>issões do terapeuta explícitas ou implícitas<br />

de relações entre o comportamento do cliente e suas consequências. Foram identificadas caso<br />

começass<strong>em</strong> pelo nome próprio, ou pelo pronome você; acompanhadas pelos verbos “t<strong>em</strong> que”,<br />

“precisa”, “necessita”, “deve”; por “é essencial que”, “é importante que”, “é fundamental que”; <strong>em</strong> frases<br />

condicionais, isto é, “se... então”, como por ex<strong>em</strong>plo, “se você for para casa, então ele irá te perdoar”.<br />

Um ex<strong>em</strong>plo de regra extraída do presente estudo: “Você é muito ansiosa. Se ficar parada, acaba<br />

comendo muito.”<br />

Já as autorregras <strong>em</strong>itidas pelo cliente, que também se referiam às relações entre o comportamento<br />

e as consequências, foram identificadas quando começavam pelo pronome “eu” ou quando foi<br />

dito <strong>em</strong> terceira pessoa, mas se referindo ao próprio cliente; <strong>em</strong> generalizações utilizando verbos<br />

de ligação, tal como, “as pessoas são injustas comigo”; e pelas frases condicionais como explicitado<br />

acima. Um ex<strong>em</strong>plo registrado no estudo foi: “(...) eu estou com essa idade (36), meus irmãos estão<br />

todos casados e só eu que estou solteira. Eu acho que eu que estou ficando velha, to passando da hora,<br />

to ficando pra titia.”<br />

As autorregras categorizadas como Autorregras geradas <strong>em</strong> terapia eram aquelas <strong>em</strong>itidas pelo<br />

cliente a partir de um questionamento lógico estabelecido pelo terapeuta e que levavam o cliente a<br />

analisar funcionalmente as relações entre seus comportamentos e as consequências. Enquanto que<br />

Sousa . C. A. de Medeiros . Aragão . F. H. de Medeiros . Silva<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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