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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Skinner (1953/1981) discorre que o comportamento humano é extr<strong>em</strong>amente complexo e por<br />

isso difícil de ser analisado. Entende-se que o comportamento é um processo e não algo que possa<br />

ser imobilizado para observação. Se tal pr<strong>em</strong>issa é verdadeira para comportamentos motores<br />

que produz<strong>em</strong> resultados de observação pública, mais ainda o são aqueles classificados como<br />

comportamentos encobertos – <strong>em</strong>oções e verbalizações internas (Banaco, 1999; Laloni, 2001).<br />

A terapia comportamental-cognitiva possui <strong>em</strong> seu arcabouço teórico-técnico condições de<br />

atender às d<strong>em</strong>andas da população que necessita de atendimento psicológico. E para tal utiliza<br />

princípios psicológicos, especialmente de aprendizado, os quais permit<strong>em</strong> mudar construtivamente<br />

o comportamento humano.<br />

No inicio da terapia comportamental, a psicologia infantil procurava mudar o comportamento da<br />

criança s<strong>em</strong> ao menos ter contato com ela. O terapeuta apenas a observava fora do setting terapêutico<br />

e com esta observação e o relato dos pais, era feita a intervenção que provocava as mudanças desejadas<br />

no comportamento da criança (Conte & Regra, 2000). Nos dias atuais, o contato do terapeuta com<br />

a criança é essencial (Silvares & Gongora, 2006). É neste momento que se estabelece o vínculo<br />

terapêutico, que é responsável por metade do tratamento. Entende-se também que é fundamental<br />

atuar com a família dentro de seu contexto de vida, seja com os pais e ou escola. Segundo Sousa e<br />

Batista (2001) durante os atendimentos é fundamental que a criança sinta-se respeitada.<br />

Com a participação direta da criança no trabalho psicoterápico, os terapeutas precisaram estar<br />

atentos ao nível cognitivo da criança, que caracteriza a sua capacidade de entendimento para as<br />

intervenções do terapeuta, (Sousa & Batista, 2001).<br />

Jogar e brincar faz<strong>em</strong> parte das atividades lúdicas com propósitos terapêuticos, s<strong>em</strong>pre relacionados<br />

aos objetivos da sessão. Ambos propiciam condições para a aprendizag<strong>em</strong> de comportamentos<br />

adequados e a ampliação do repertório comportamental infantil (Silvares & Silveira, 2003).<br />

A análise de comportamentos, os encobertos da criança, a avaliação da relação terapêutica<br />

representam um crescimento qualitativo para a terapia comportamental infantil. A tríplice<br />

contingência passou a incluir variáveis orgânicas, eventos de contexto, comportamentos encobertos<br />

e o comportamento verbal, enriquecendo ainda mais a terapia infantil (Conte & Regra, 2000).<br />

Segundo Lettner e Rangé (1988) os objetivos da psicoterapia comportamental infantil (e também<br />

do adolescente) são: modificar hábitos que não são adaptativos; aumentar a probabilidade de<br />

ocorrência de comportamentos que garantam à criança maior número de reforçadores positivos;<br />

ajudar a criança a reconhecer as variáveis que controlam seu comportamento; levar a criança a lidar<br />

com as variáveis que afetam seu comportamento e assim permitir a generalização do aprendizado.<br />

Uma das técnicas utilizadas pelo terapeuta comportamental para o aprendizado de novos hábitos<br />

é a modelag<strong>em</strong>. Esta é resultante de estudos de laboratório que pretend<strong>em</strong>, inicialmente, instalar<br />

uma resposta no sujeito experimental. Com o uso da modelag<strong>em</strong>, procura-se ampliar o repertório<br />

comportamental por meio da aquisição de respostas novas (Regra, 2002).<br />

Hey . Delage . Nascimento . Antoniuk . Fontanelli<br />

Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

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