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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

Escobal . Elias . Goyos<br />

188<br />

Foram realizadas 12 tentativas de apresentações aos pares de itens de preferência na avaliação para<br />

o Grupo 1 informatizada; 12 tentativas de apresentações aos pares de itens de preferência na avaliação<br />

para o Grupo 2 informatizada; 12 tentativas de apresentações aos pares de itens de preferência na<br />

avaliação para o Grupo 1 com itens concretos e 12 tentativas de apresentações aos pares de itens de<br />

preferência na avaliação para o Grupo 2 com itens concretos.<br />

No presente estudo todos os participantes identificaram itens de preferência. Uma variável que<br />

pode interferir na <strong>em</strong>issão do comportamento de escolha é o meio através do qual essa escolha é feita<br />

(Escobal & Goyos, 2008). Apontar pode ser uma resposta mais fácil, por ex<strong>em</strong>plo, que dizer o nome<br />

do it<strong>em</strong>, <strong>em</strong> sua presença, na sua ausência, ou diante de uma pergunta complexa. Por essa razão,<br />

a topografia de resposta de escolha nesse estudo, apontar <strong>em</strong> direção ao it<strong>em</strong> preferido, parece ter<br />

sido adequada. Futuros estudos poderiam avaliar os efeitos de operações motivacionais (saciação e<br />

privação) nas escolhas dos participantes.<br />

Os resultados da avaliação de preferência e escolha dos itens de preferência ao longo do estudo são<br />

importantes na medida <strong>em</strong> que reforçam a preocupação sobre a adequação do controle do acesso aos<br />

itens de preferência, para aumentar ou diminuir a eficácia dos itens como estímulos reforçadores,<br />

e também por reforçar a idéia de que itens de menor preferência pod<strong>em</strong> atuar como reforçadores<br />

poderosos, enquanto os de maior preferência pod<strong>em</strong> ter sua eficácia prejudicada, se as condições<br />

anteriores à sessão experimental não for<strong>em</strong> devidamente conhecidas e controladas (Escobal et al.,<br />

2010).<br />

Além disso, apesar de alguns estímulos ser<strong>em</strong> consistent<strong>em</strong>ente preferidos todo o t<strong>em</strong>po, alguns<br />

deles não o são. Tecnologias para identificar quais operações motivacionais afetam momentaneamente<br />

o valor reforçador das consequências programadas precisam ser desenvolvidas. Entretanto, um dos<br />

caminhos que pod<strong>em</strong> evitar o fracasso de procedimentos de ensino é o uso de avaliações constantes<br />

de itens de preferência. Tais procedimentos já se encontram b<strong>em</strong> descritos na literatura e pod<strong>em</strong> ser<br />

adaptados, como foi o caso deste estudo, para ser<strong>em</strong> ensinados a cuidadores e profissionais atuantes<br />

na área de educação especial (Piazza, Fisher, Bowman, & Blakeley-Smith, 1999).<br />

Os resultados desta investigação indicam que o procedimento de avaliação de preferência<br />

informatizada desenvolvido foi eficaz para identificar estímulos de maneira rápida e com baixo custo<br />

de resposta. O t<strong>em</strong>po médio gasto para a avaliação de preferência informatizada foi de 1 minuto e 34<br />

segundos e para a avaliação de preferência com estímulos concretos foi realizada <strong>em</strong> 2 minutos e 26<br />

segundos. Essa diferença tende a aumentar de maneira proporcional conforme o número de itens da<br />

avaliação também aumentar.<br />

Os resultados de ambas as avaliações de preferência, informatizada e com objetos concretos, indicam<br />

que os estímulos que foram sist<strong>em</strong>aticamente avaliados pod<strong>em</strong> representar uma fonte de estímulos<br />

reforçadores, provável, <strong>em</strong>bora não certa, para o uso <strong>em</strong> programas de ensino de habilidades.<br />

A ferramenta informatizada permite o armazenamento de uma vasta biblioteca de estímulos<br />

experimentais, possibilitando a inclusão de situações representativas da vida real. Outra vantag<strong>em</strong><br />

diz respeito à economia de t<strong>em</strong>po. Essa ferramenta permite a apresentação de um número grande de<br />

estímulos, s<strong>em</strong> o inconveniente da manipulação dos mesmos durante a apresentação da avaliação, e<br />

o registro automático das respostas de escolha, para geração de relatório. A ferramenta informatizada<br />

é fruto da inter-relação das áreas de Psicologia, Educação e Computação, e viabiliza uma nova forma de<br />

analisar escolha e avaliar preferência. Adicionalmente, possui implicações práticas importantes para o<br />

planejamento de ensino por: 1) procurar conhecer, sob o ponto de vista do indivíduo, sua preferência; 2)<br />

mostrar que a adaptação de uma tarefa para escolha pode ser simples e viável; 3) salientar que a escolha<br />

pode adquirir propriedades reforçadoras após os indivíduos ser<strong>em</strong> expostos a repetidas situações de<br />

escolha; 4) analisar escolhas impulsivas causadoras de transtornos como déficit de atenção e hiperatividade<br />

e obesidade, b<strong>em</strong> como programar possíveis intervenções a partir dessas análises.

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