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COMPORTAMENTO em foco - ABPMC

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Comportamento <strong>em</strong> Foco 1 | 2011<br />

L<strong>em</strong>es . G. Nolêto Bueno . L. Nolêto Bueno<br />

346<br />

O texto: “A importância da boa convivência” (Del Prette & Del Prette, 2005) foi discutido com as<br />

PFs. Em seguida, as PFs foram estimuladas a cantar a música “Palavrinhas mágicas”, interpretada por<br />

Eliana, a fim de aprender<strong>em</strong> a discriminar a importância de <strong>em</strong>itir bons comportamentos, além de<br />

possibilitar a criação de um ambiente reforçador.<br />

Educação sobre Higiene Bucal<br />

Diante das dificuldades apresentadas pelas PMs quanto à saúde bucal das filhas, nas 14 ª à 18ª<br />

sessões as PFs foram instruídas quanto à importância de higienizar a boca. Inicialmente, responderam<br />

às questões: (a) para que escovar os dentes? (b) o que acontece quando não escovamos os dentes? (c)<br />

o que são cáries? (d) quais os materiais necessários para mantermos os dentes s<strong>em</strong>pre limpos? (e)<br />

quantas vezes dev<strong>em</strong>os escovar os dentes? e (f) quais as consequências positivas quando escovamos os<br />

dentes e as negativas quando não escovamos? Foi também utilizado o vídeo do desenho animado “A<br />

lenda do reino do dente – Dr. Rabbit”, com o caráter ilustrativo dos conceitos explicados, produzido<br />

pela indústria Colgate. Para motivar a escovação foi ensinada a música “Dentinhos Brancos” (autor<br />

desconhecido). No setting terapêutico foi feito o treino de escovação, com a finalidade de promover<br />

o desenvolvimento do repertório de higiene bucal. Para esse treino, as PFs trouxeram de casa escova,<br />

cr<strong>em</strong>e e fio dental. Foi treinada nelas a sequência de escovação instruída pela odontopediatria/<br />

Colgate.<br />

Avaliação Final<br />

Ocorreu na 19ª sessão através de feedback oral das PFs e análise dos dados obtidos.<br />

Resultados<br />

Os dados apresentados foram extraídos das 21 sessões realizadas com o Grupo 1, e das 19 sessões<br />

com o Grupo 2.<br />

A Tabela 2 apresenta eventos relevantes da história de vida das PFs. Tais dados foram coletados<br />

através do QBHVC/RPF, relatos verbais, no setting terapêutico, da PM, b<strong>em</strong> como de observações e<br />

questionamentos realizados com o Grupo 2. As informações foram coletadas na LB.<br />

Tabela 2<br />

História de Vida e Queixas apresentadas pelo Grupo 1<br />

PF1<br />

Advinda de uma segunda gravidez, não planejada e não desejada. Sua mãe realizou vários procedimentos com<br />

a finalidade de provocar aborto: greve de fome, ingestão da medicação misoprostol (Cytotec®), além de ter<br />

usado cinta para comprimir o abdome. Como consequência, nasceu pr<strong>em</strong>atura, com 7 meses; parto cesariano.<br />

Sua mãe biológica é sobrinha de PM1, cuidadora de PF1 desde o seu nascimento (PM1 obteve a guarda legal de<br />

PF1 após um mês de seu nascimento). PM1 relatou que aos 2 anos e 6 meses contou para filha toda história de<br />

sua vida, pois a mesma questionava sobre a presença do pai. Diante desse contexto de vida, mãe se apresenta<br />

permissiva, por sentir pena de PF1.<br />

Queixas – oposição às instruções familiares, inversão do papel de autoridade – pais/filhos e hostilidade verbal.<br />

PF2<br />

Sua gravidez foi conturbada. À época, PM2 descobrira que o esposo engravidara outra mulher. Entrou <strong>em</strong><br />

depressão, desenvolveu o transtorno do pânico (fez tratamento na Clínica Escola de Psicologia, mencionada<br />

neste estudo). Todavia, optou por continuar o relacionamento. Após o nascimento de PF2, PM2 teve pensamentos<br />

de matá-la, por sentir enorme raiva da situação que estava vivenciando (traição do marido, ter que cuidar das<br />

filhas sozinha: ele viajava constant<strong>em</strong>ente). PF2 ficava a maior parte do dia aos cuidados da irmã de 13 anos. O<br />

pai era autoritário e agressivo diante das birras de PF2. Porém, exercia monitoria relaxada com PF2, reforçando-a<br />

incorretamente.<br />

Queixas – oposição às instruções familiares e escolares, birra e inversão do papel de autoridade – pais/filhos.

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