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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

Ao compararmos o substrato com o produto final, podemos afirmar que um carbono foi<br />

oxidado e outro reduzido. Como isso acontece na mesma molécula, este tipo de oxidoredução<br />

representa um desproporcionamento.<br />

Atenção:<br />

Caso o substrato possuir hidrogênio(s) em posição alílica, a adição do grupo hidróxido (ou<br />

alcóxido) pode ocorrer em posição alílica, também (ver p. 615)!<br />

2.4.2 Adição de halogênios<br />

A halogenação de duplas ligações que fazem parte de sistemas aromáticos (p. 285), requer<br />

da ativação prévia por um catalisador ácido de Lewis, como vai ser explicado<br />

detalhadamente no cap. 4. O ácido de Lewis polariza a molécula do halogênio e gera o<br />

eletrófilo “X + ” que consegue atacar o anel aromático, por sua vez rico em elétrons π. Esta<br />

ativação é desnecessária no caso de olefinas com duplas-ligações C=C isoladas. O<br />

halogênio puro, seja em fase gasosa ou dissolvido em água, consegue reagir com a duplaligação<br />

em velocidades geralmente bastante altas.<br />

O bromo é o halogênio de reatividade intermediária, entre o cloro e o iodo. Ele reage<br />

facilmente, mas não de forma excessivamente exotérmica, com o substrato insaturado.<br />

Sendo assim, a bromação fica bem específica, uma reação bastante usada no trabalho<br />

preparativo e mais ainda com finalidade de análise. Ao sacudir uma amostra orgânica com<br />

água de bromo, a descoloração imediata da fase aquosa serve como teste qualitativo para<br />

alquenos ("prova de Baeyer").<br />

Deve-se ressaltar que o único produto, sob as condições aplicadas, é o da adição, enquanto<br />

o produto da substituição alílica não se forma em quantidades apreciáveis. Isto pode ser<br />

diferente ao efetuar a halogenação sob condições que promovem um mecanismo radicalar<br />

(luz, calor, solvente apolar; ver p. 68). A execução da bromação em meio polar, por outro<br />

lado, claramente sustenta um mecanismo iônico.<br />

R 2<br />

R 1<br />

C C<br />

R 3<br />

R 4<br />

+ Br2<br />

lenta<br />

R 2<br />

R 1<br />

Br<br />

C C<br />

Br -<br />

a) b)<br />

R 3<br />

Cátion bromônio<br />

e<br />

ânion brometo<br />

Na primeira etapa, que é a mais lenta, forma-se um composto intermediário cíclico e<br />

carregado positivamente: o cátion bromônio. Não é possível estabilizar ou até isolar este<br />

íon, mas existem adições parecidas a esta onde o composto cíclico realmente é estável. A<br />

adição de oxigênio eletrofílico, por exemplo, leva a um epóxido que pode ser isolado,<br />

purificado e armazenado por curto tempo (ver p. 215).<br />

Em toda analogia aos epóxidos, o cátion bromônio é atacado numa segunda etapa pelo<br />

ânion brometo. Isto sempre ocorre pelo lado de trás, ou seja, do lado oposto do primeiro<br />

átomo de bromo. Portanto, a entrada dos dois átomos de bromo é uma adição trans. Por<br />

R 4<br />

Adição trans<br />

R1<br />

R2 C<br />

Br<br />

Br<br />

C<br />

+<br />

Br<br />

C<br />

R4 R2 R R 3<br />

1<br />

a) b)<br />

50 : 50<br />

R3 R4<br />

C<br />

Br<br />

157

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