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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

3 Reações eletrocíclicas e a formação de pequenos anéis<br />

As ciclizações têm um papel especial na síntese orgânica, visto que mais da metade de<br />

todos os compostos de importância quotidiana é cíclica, enquanto a maioria dos reagentes<br />

básicos do laboratório - de origem petroquímica, gás natural e carvão - é não cíclica<br />

(alifática). Os compostos cíclicos podem ser classificados em:<br />

• alicíclicos (que podem conter ou não, duplas-ligações, porém não formando um<br />

sistema conjugado de baixa energia)<br />

• aromáticos (contêm um sistema conjugado de elétrons π e obedecem a regra de<br />

Hückel). Aromáticos se destacam por serem de energia mais baixa que os compostos<br />

não aromáticos.<br />

• heterocíclicos (que contêm um sistema anelado, formado por carbono e outros<br />

elementos).<br />

Os compostos-alvo deste capítulo são os alicíclicos, enquanto as manipulações dos<br />

aromáticos são descritas no cap. 4; um tratamento da química dos heterocíclicos fica além<br />

dos objetivos deste texto introdutório 117 . As técnicas mais estabelecidas de formação de<br />

aneis de tamanho médio e grande são apresentadas no cap. 6.3.1.<br />

Como a formação de oxiranos e uma reação eletrocíclica e, em caso da epoxidação de<br />

Sharpless, é altamente estereo-específica, então foi escolhido este capítulo, para dar uma<br />

apresentação resumida da síntese assimétrica, em forma de um excurso.<br />

3.1 Características gerais das reações eletrocíclicas<br />

As ciclizações descritas a seguir não ocorrem via compostos iônicos, nem via<br />

intermediários reativos, como era o caso nos capítulos anteriores ou como será<br />

exemplificado nas ciclizações de Baldwin, cap. 6.3.2. Elas representam uma classe de<br />

reações distinta que pode ser chamada de reações eletrocíclicas ou pericíclicas 118 . Entre<br />

todos os mecanismos reacionais apresentados neste livro, foram os das reações<br />

eletrocíclicas os menos entendidos – até os anos 60 do século passado, quando foi<br />

elaborada a teoria da simetria dos orbitais moleculares (Molecular Orbital, MO) que, de<br />

repente, deu uma explicação satisfatória a todas essas reações e seus produtos. Estamos<br />

tentados de identificar as reações eletrocíclicas com os nomes Woodward e Hoffmann<br />

Realmente, eles foram honrados com o prêmio Nobel (1981) pelos seus trabalhos pioneiros<br />

teóricos nesta área. Mas não podemos esquecer que na formulação desta teoria foram<br />

envolvidos outros pesquisadores, também: Oosterhoff (Holanda), Fukui (Japão), Longuet-<br />

Higgins (Inglaterra), Zimmermann (EU), Dewar (EU), entre outros. A parte prática, ou seja,<br />

a comprovação da teoria dos MOs por trabalhos preparativos, é uma conquista de Diels e<br />

Alder (prêmio Nobel em 1950), Criegee, Huisgen e Roth (Alemanha), Berson e Doering<br />

(EU) e Frey (Inglaterra), entre muitos outros.<br />

117 T.L. Gilchrist, Heterocyclic Chemistry; Ed. Longman Press, Essex 1997.<br />

118 T.L.Gilchrist, R.C.Storr, Organic Reactions and Orbital Symmety, Cambridge University Press 1979<br />

199

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