PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo
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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />
velocidade típica: krecomb ≈ kdespr ≈ 10 9 l 2 ⋅mol -2 ⋅s -1 ). Dois radicais, logo se aproximam um do<br />
outro em posições favoráveis, necessitam quase nenhuma energia de ativação para<br />
reagirem, no sentido do término. A reação fortemente exotérmica acontece quase<br />
instantaneamente e termina assim a cadeia cinética.<br />
vtérmino = ( krecomb + kdespr ) ⋅[ Radical1] ⋅ [ Radical2]<br />
.<br />
Por isso, a concentração atual de radicais na mistura reacional é sempre muito baixa. Suas<br />
velocidades dependem basicamente das leis da estatística, isto é, estão fora do controle do<br />
experimentador. Uma reação do tipo c, por outro lado, mostra-se bastante apropriada para<br />
controlar o acontecimento durante uma SR que corre o perigo de explodir. Suas<br />
concentrações regulam efetivamente o comprimento da cadeia cinética. Em polimerizações<br />
vinílicas radicalares, por exemplo, compostos de atividade oxidorredutiva são usados como<br />
reguladores para ajustar o comprimento da cadeia cinética e, consequentemente, também a<br />
massa molecular do polímero produzido. Em quantidades maiores eles inibem a reação<br />
radicalar. Uma outra aplicação famosa é a do tetraetilchumbo, que até os anos 80 do século<br />
passado foi usado como aditivo em gasolina com a finalidade de controlar as combustões<br />
no motor, isto é, evitar ignições prévias que podem danificar o motor (ver também p. 79).<br />
Resumindo: o mecanismo da substituição radicalar em cadeia pode ser formulado em três<br />
partes: início, propagação e término.<br />
Segue uma discussão mais aprofundada das etapas da propagação.<br />
1.4.3 Discussão da propagação<br />
Sob quais condições pode-se esperar uma longa cadeia cinética?<br />
Na maioria das reações radicalares uma longa cadeia cinética é desejada. Isto se consegue<br />
com um alto padrão de limpeza na vidraria e pureza dos reagentes. As vantagens são um<br />
produto limpo e pouco gasto em iniciador e energia. Caso contrário, pode-se esperar um<br />
alto consumo do iniciador, possivelmente pela junção com o substrato, o que leva a um<br />
produto paralelo indesejado.<br />
O problema é, como já foi mencionado, que as reações de término são extremamente<br />
rápidas. Uma consequência prática é que existem somente poucas reações de propagação<br />
que são rápidas o suficiente para concorrer com as reações do término. Como será<br />
explicado a seguir, estas são apenas etapas exotérmicas. Além disso, para assegurar a<br />
reação desejada, as concentrações dos reagentes devem ser mantidas mais altas possíveis.<br />
As seguintes considerações devem ilustrar essas restrições e necessidades. A primeira etapa<br />
da cadeia quase sempre é a mais difícil. Sua velocidade pode ser calculada por<br />
v = k [ radical][ substrato]<br />
. Para a etapa do término onde contribuem recombinação e<br />
1 1<br />
desproporcionamento dos radicais se obtém<br />
v k radical<br />
2<br />
término 2 [ ]<br />
= ⋅ , com k2 krecomb kdespr<br />
Como visto acima, k2 tem um valor extremamente alto. Certamente vale: k2 >> k1.<br />
= + .<br />
Segundo as leis da cinética, a energia de ativação, Ea (que é aproximadamente igual à<br />
entalpia de ativação, H ≠<br />
∆ ), determina a constante de velocidade:<br />
≠<br />
Ea ∆H<br />
− −<br />
RT RT<br />
k = A⋅ e ≈ A⋅ e Equação de Arrhenius<br />
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