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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

até gasosos. O produto é um combustível líquido de alto "índice de octano" 84 , largamente<br />

conhecido como gasolina comum. O mecanismo é em toda analogia à polimerização<br />

catiônica descrita na p. 160.<br />

O substrato em maiores toneladas é o isobutileno, (H3C)2C=CH2, que se obtém da fração<br />

C4 do processo de craqueamento do petróleo (ver p. 72). Em nível técnico este gás é<br />

introduzido em um tanque com ácido sulfúrico de 70% (30 °C), onde se dissolve em forma<br />

do sulfato de t-butila. Depois é levado ao reator tubular onde, junto com isobutileno em<br />

excesso, é submetido a pressão e temperatura elevadas (>100 °C) por curto tempo. Sob<br />

estas condições resultam principalmente os iso-octenos, enquanto a taxa de trímeros e<br />

outros alquenos fica bastante baixa. A fração desejada é separada continuamente do reator<br />

por destilação fracionada (= "retificação"), num rendimento de 75%. Segue uma etapa de<br />

hidrogenação catalítica que leva ao iso-octano (ver p. 567) cujo índice de octano fica entre<br />

92 e 97. Seu destino principal é a aditivação de querosene para aviação, mas também para<br />

aumentar a qualidade da gasolina de carros, já que as exigências ao combustível são cada<br />

vez mais altas, devido às elevadas rotações e compressões em motores modernos.<br />

2<br />

H 3C C<br />

CH3<br />

CH 2<br />

H2SO4 70%<br />

H3C C<br />

H3C C<br />

CH3<br />

CH3<br />

CH3<br />

CH 3<br />

CH2<br />

C<br />

CH3<br />

80%<br />

CH<br />

C<br />

20%<br />

CH 3<br />

CH2<br />

CH3<br />

Isooctenos isoméricos<br />

H2 / Cat. H3C C<br />

CH3<br />

CH3<br />

CH2 CH CH3<br />

Isooctano<br />

Uma tendência nova é a conversão do isobutileno num catalisador de contato ácido em<br />

forma de trocador de cátions, onde a purificação dos di e trimeros fica bem mais<br />

confortável.<br />

Um acesso alternativo ao iso-octano representa o processo de "Reforming", descrito na p.<br />

174.<br />

Oligomerização de etileno, catalisada por organometálicos<br />

Um papel especial na química das olefinas têm os compostos de trialquil-alumínio. O<br />

etileno, quando submetido a trietilalumínio a 100 °C e cerca de 100 bar (10 MPa), é<br />

inserido na ligação Al-C. O resultado a partir de Al(C2H5)3, é um organometálico sólido<br />

com cadeias hidrocarbônicas alongadas:<br />

84 O "índice de octano" foi introduzido em 1927 como critério de qualidade de combustíveis, avaliando sua<br />

resistência contra ignições precoces que podem prejudicar o motor. O n-heptano que é um combustível<br />

especialmente mau controlável, ganhou o número 0, enquanto o iso-octano ganhou o valor 100 por ser<br />

especialmente bem controlável. O "índice de octano" de um combustível se determina então em testes<br />

comparativos: aplicam-se n-heptano e iso-octano em diferentes proporções, até achar aquela mistura que se<br />

compõe igual ao novo cambustível em teste. Ao longo do tempo foram desenvolvidos combustíveis<br />

aditivados, superiores ao próprio iso-octano, logo com "índice de octano" > 100.<br />

CH3<br />

160

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