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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

H3C H<br />

C<br />

H3C CH2 CH3<br />

p t s p<br />

Isopentano<br />

(2-metilbutano)<br />

Cl 2<br />

hν<br />

fase<br />

gasosa<br />

Cl<br />

H2C H<br />

H3C C<br />

CH2 CH3 33% (1)<br />

H3C H<br />

H3C<br />

C<br />

CH CH3<br />

Cl<br />

28% (3)<br />

+<br />

(x)-cloro-2-metilbutanos<br />

H3C H<br />

H3C<br />

C<br />

CH2 CH2<br />

17% (4)<br />

Cl<br />

H3C Cl<br />

H3C<br />

C<br />

CH2 CH3<br />

22% (2)<br />

A partir dos rendimentos e do número de ligações a serem substituídas no substrato pode-se<br />

calcular a reatividade relativa de cada ligação C-H. O radical cloro é muito reativo (isto é<br />

indicado, entre outros, pela alta entalpia de formação do subproduto HCl, com ∆Hform. = -<br />

∆Hdiss. = -430 kJ⋅mol -1 ) e por isso mostra baixa seletividade frente às diferentes ligações C-<br />

H.<br />

Para a cloração radicalar em fase gasosa tem-se a seguinte seletividade:<br />

Carbono primário : secundário : terciário = 1 : 2,5 : 4<br />

Esse é um bom exemplo da regra geral de que seletividade e reatividade são<br />

propriedades inversamente proporcionais. Os valores relativos dados acima não só<br />

valem para a cloração do isopentano, mas podem ser aplicados em qualquer outro substrato<br />

hidrocarbônico saturado. Os produtos de cloração e suas porcentagens podem ser preditos<br />

com alta exatidão, conforme mostrado na tabela a seguir.<br />

Número de<br />

ligações<br />

Reatividade<br />

relativa<br />

Reatividade x<br />

ocorrência<br />

Rendimento dos<br />

isômeros em %<br />

Cprim.-H 9 (6 + 3) 1 9 50 (33,3 + 16,6)<br />

Csec.-H 2 2,5 5 28<br />

Cterc.-H 1 4 4 22<br />

Além das inconveniências práticas de trabalhar em fase gasosa, sua baixa seletividade<br />

limita bastante o valor preparativo desta cloração. Porém, em algumas sínteses industriais a<br />

formação de vários produtos isoméricos é até desejada. No laboratório, no entanto, devemse<br />

evitar misturas de produtos, pois o isolamento de cada um é demorado e caro. A cloração<br />

se restringe, portanto, a substratos de estrutura bastante simples ou altamente simétrica (por<br />

exemplo, hidrocarbonetos alicíclicos, neopentano, aromáticos).<br />

Ao conduzir a reação em um solvente inerte, tal como CS2, CCl4 ou benzeno, a seletividade<br />

da cloração é diferente. O radical Cl· forma um complexo π com as moléculas do solvente<br />

e, assim, recebe mais estabilidade. Portanto, sua reatividade cai e sua seletividade aumenta.<br />

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