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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

4 Substituição aromática<br />

4.1 Critérios para o caráter aromático<br />

Antes de discutir as reações de compostos aromáticos é importante familiarizar-se com as<br />

características destes compostos. Até os anos 30 do século passado não era muito claro o<br />

que causa a estabilidade extraordinária, característica comum de todos os compostos<br />

aromáticos. Os trabalhos fundamentais de Erich Hückel sobre a estrutura eletrônica<br />

marcaram o maior avanço para chegar ao entendimento moderno da aromaticidade e, em<br />

particular, sua reatividade. Portanto, deve ser citado em primeiro lugar entre os critérios de<br />

aromaticidade.<br />

1) Regra de Hückel:<br />

Em um sistema aromático participam (4n - 2) elétrons π, sendo n um número inteiro.<br />

Quando 4n elétrons π estão em conjugação o sistema é chamado de “anti-aromático”.<br />

2) O composto deve ser cíclico<br />

Duplas ligações exocíclicas somente contribuem em casos raros e excepcionais na conta do<br />

critério 1.<br />

3) O composto deve ter uma arquitetura coplana.<br />

Isto é, todos os carbonos do anel devem ficar no mesmo plano. Desta forma todos os<br />

orbitais atômicos p, não importa se contêm 0, 1 ou 2 elétrons, estão orientados<br />

perpendicularmente ao plano dos núcleos. Somente assim resulta uma superposição<br />

máxima entre eles, para que possam formar um orbital molecular, π, de baixa energia.<br />

Além destes 3 critérios principais, conheceremos mais 4, mais à frente (p. )<br />

Aplicação dos três critérios principais para aromaticidade<br />

Benzeno, a substância mãe dos aromáticos, contém um elétron em cada orbital p. Para<br />

assumir o arranjo energeticamente mais favorável, todos os orbitais atômicos do tipo p<br />

(“AOs” = um par de lobos, situados acima e abaixo de um núcleo de carbono) devem ser<br />

coplanos. Isto implica que, ao mesmo tempo, os próprios núcleos de carbono têm que ficar<br />

coplanos, também. O conjunto de todos os lobos, visualizado na figura, é o orbital<br />

molecular ("MO" = Ψ) - que formou a base da discussão das reações eletrocíclicas (cap. 3)<br />

e que será igualmente importante em nossa discussão dos aromáticos.<br />

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