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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

A etapa 1 é um mecanismo radicalar em cadeia, entre o birradical oxigênio e cumeno.<br />

Único produto é o hidroperóxido de cumila (por que?). A segunda etapa do processo inclui<br />

um rearranjo (compare p. 410), provocado pelo sexteto eletrônico no oxocátion.<br />

Atenção:<br />

A acetona pode entrar em contato com hidroperóxido que é formado em traços nesta<br />

síntese. Daí forma-se o peróxido da acetona, um explosivo poderoso!<br />

De maneira semelhante funciona o processo Halcon. Em vez do hidroperóxido de cumila se<br />

produz o 1-feniletilhidroperóxido, via auto-oxidação. Este, por sua vez, oxida (aqui pode<br />

falar: epoxida) a dupla-ligação do propileno, aproveitando da força oxidativa típica dos<br />

hidroperóxidos. Interessante é que resultam dois produtos que são de alto valor agregado: o<br />

estireno e o óxido de propileno. Os dois têm importância na indústria de polímeros - o<br />

último especialmente como componente em colas de "resina epoxi", em poliuretanos e<br />

poliésteres:<br />

CH 3<br />

CH<br />

OOH<br />

1-Feniletilhidroperóxido<br />

+ H 3C CH CH 2<br />

Catalisador:<br />

W / V / Mo<br />

Exemplo 3: auto-oxidação da posição alílica<br />

Estireno<br />

CH 2<br />

CH<br />

+<br />

O<br />

H 3C CH CH 2<br />

Óxido de propileno<br />

(Epóxido ou oxirano)<br />

+ H 2O<br />

Já foi mencionada na introdução à auto-oxidação (p. 75) a alta seletividade do birradical<br />

3 O2 para hidrogênios nas posições benzílica e alílica, presentes em substratos aromáticos e<br />

alquenos simples e conjugados, respectivamente. Formalmente o oxigênio é inserido entre<br />

o carbono e o hidrogênio.<br />

Uma rota de síntese de importância industrial é a funcionalização do propileno. O<br />

hidroperóxido formado na primeira etapa sofre uma eliminação β e perde água. O produto é<br />

acroleína, bastante reativo e precursor para uma série de reagentes finos. A maioria da<br />

acroleína é diretamente oxidada para o ácido acrílico, um importante monômero para a<br />

indústria de colas e tintas. O mecanismo desta última etapa oxidativa, da acroleina para o<br />

ácido acrílico, já foi discutido na p. 88.<br />

C C<br />

CH 3<br />

O 2<br />

C C<br />

CH 2 O OH<br />

Elimin.β<br />

- H 2O<br />

C C<br />

CH O<br />

O 2<br />

C C<br />

COOH<br />

Acroleina<br />

Ácido acrílico<br />

A forte tendência hoje é a substituição do propileno pela glicerina, na produção da<br />

acroleína e seus derivados 45 . Enquanto o propileno provém do petróleo, a glicerina é coproduto<br />

inevitável do biodiesel, então é considerada sendo um recurso renovável. Além<br />

disso, é um recurso barato, abundante e sua disponibilidade é assegurada por dezenas de<br />

anos.<br />

45 Note que a transformação da glicerina em acroleína não é uma reação redox, mas o resultado de duas<br />

eliminações de água e uma tautomeria ceto-enólica.<br />

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