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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

SN nas posições fenílica e vinílica<br />

Muito pelo contrário do efeito ativador que se percebe nas posições benzílica e alílica, os<br />

carbonos que participam no anel aromático ou numa dupla ligação C=C são menos reativos<br />

frente nucleófilos. Exemplos são o cloreto de vinila e o bromobenzeno, no qual um<br />

nucleófilo geralmente não substitui o haleto (com as exceções dos nucleófilos mais fortes,<br />

H - e carbânions):<br />

Cl<br />

H2C CH<br />

+ Nu -<br />

Br + Nu -<br />

Os argumentos para essa inércia são:<br />

• O carbono sp² atrai o grupo abandonador e o segura mais firmemente.<br />

• O carbono sp² é menos polarizável (isto é, menos macio) do que o carbono sp³.<br />

• A densidade eletrônica no substrato é alta. Desta forma o nucleófilo é repelido.<br />

• O momento dipolar da ligação C-X no substrato é baixo. Menos polarizada a<br />

ligação C-X, mais difícil a SN.<br />

Todos esses argumentos desfavorecem tanto SN1 quanto SN2.<br />

Grupo alquila em posição β<br />

O efeito indutivo e hiperconjugativo de grupos alquilas em posição α ao carbono funcional<br />

faz com que a SN1 seja promovida, conforme discutido na p. 42. Enaquanto disso, grupos<br />

alquilas em posição β, quer dizer, mais distantes ao carbono funcional, exercem apenas um<br />

pequeno efeito acelerador. Isso se deve ao curto alcance dos efeitos indutivo e<br />

hiperconjugativo (ver também a discussão do alcance, na p. 305). Portanto, o grupo alquila<br />

nesta posição promove o mecanismo da SN1 somente ligeiramente.<br />

Por outro lado, o mecanismo SN2 é bastante prejudicado por estes grupos, já que bloqueiam<br />

o caminho de entrada do nucleófilo. Quanto mais volumoso o grupo em posição β, menor a<br />

velocidade da reação SN2.<br />

Assim se explica porque o brometo de neopentila, t-BuCH2Br, é substituído por iodeto<br />

(reação de Finkelstein em acetona, através do mecanismo SN2, ver p. 17), 10 5 vezes mais<br />

lento do que o brometo de etila.<br />

1.4 Substituição alifática radicalar, SR<br />

A substituição radicalar é o método mais usado para funcionalizar hidrocarbonetos, ou seja,<br />

para substituir hidrogênios em posições não ativadas. Muitas destas reações se processam<br />

em fase gasosa, outras em solvente apolar e inerte. A incidência de luz ultravioleta ou a<br />

presença de reagentes com uma ligação apolar e fraca, tais como peróxidos ou certos<br />

organometálicos, podem iniciar uma reação radicalar em cadeia. A expressão “cadeia”,<br />

como usada aqui, refere-se à cinética da reação e não à estrutura molecular do produto.<br />

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