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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

esperar o produto de controle cinético, especialmente quando a energia térmica de ativação<br />

for baixa (ver também p. 125). As considerações feitas nos itens a seguir sobre o complexo<br />

σ apontam no produto que se forma mais rapidamente.<br />

Por outro lado, o critério termodinâmico refere-se à estabilidade relativa do produto (no<br />

diagrama então o produto 2) o que torna-se dominante quando a reação é feita à<br />

temperatura alta. Nestas condições a cinética da reação deixa de ser o fator decisivo, já que<br />

a barreira de ativação de qualquer um dos caminhos concorrentes pode ser superada.<br />

Quando, além disto, as reações são reversíveis, então o sistema entra em equilíbrio<br />

dinâmico. Nesta situação o produto termodinamicamente mais estável torna-se o produto<br />

principal.<br />

4.6.2 Efeitos classificadores<br />

Pode-se deduzir o efeito dirigente de um substituinte por meio de três propriedades: o efeito<br />

mesomérico (efeito M), o efeito indutivo (efeito I) e o efeito estérico (efeito espacial). O<br />

hidrogênio serve como referência nas escalas relativas destes três efeitos porque é o único<br />

substituinte na substância mãe, o benzeno.<br />

a) Efeito mesomérico (efeito +M ou –M):<br />

Um grupo funcional mostra um efeito +M quando o átomo diretamente ligado ao anel<br />

aromático tem pelo menos um par de elétrons não-ligantes. Pode-se afirmar que o efeito<br />

mesomérico se deve à conjugação eletrônica entre o substituinte e o anel aromático, então<br />

um efeito provocado por elétrons n e π (ver p. 125). Elementos típicos onde se discute um<br />

efeito +M são O, N (em aminas) e F, em segunda linha também S (em mercaptanos e<br />

tioéteres), Cl, Br e I. Um par de elétrons participa na mesomeria aromática e então aumenta<br />

a densidade eletrônica do anel.<br />

Este efeito doador de elétrons não-ligantes é especialmente pronunciado com os heteroátomos<br />

do segundo período cujos orbitais não-ligantes têm um tamanho semelhante ao<br />

orbital 2p do carbono do anel. Neste caso se espera a conjugação mais eficaz, do que com<br />

elementos mais pesados.<br />

Caso o átomo diretamente ligado ao anel aromático não tenha elétrons livres o efeito do<br />

substituinte é considerado –M. Átomos típicos são C, B, N (no grupo nitro, em sais<br />

quaternários de amônio, sais de diazônio e N-óxidos), P(V), As(V), S(VI) - em geral, todos<br />

elementos de alto NOX ou todos os centros ácidos de Lewis.<br />

O efeito mesomérico se propaga ao longo de todo sistema conjugado - quase sem perder em<br />

intensidade.<br />

b) Efeito indutivo (efeito +I ou –I)<br />

O efeito indutivo é uma consequência da eletronegatividade do átomo ou grupo diretamente<br />

ligado ao anel. Ao contrário do efeito mesomérico o efeito I se propaga através de ligações<br />

σ (= ligações simples). Elementos mais eletronegativos atraem os elétrons, então têm um<br />

efeito –I. Elementos menos eletronegativos (P, Si, metais) disponibilizam elétrons para o<br />

carbono aromático, então exercem um efeito +I.<br />

Caso o substituinte for um grupo alquila a argumentação com eletronegatividade<br />

naturalmente não leva a cabo. Mesmo assim é possível indicar um efeito +I, usando o<br />

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